Padres têm de resistir à cultura dominante

Sacerdotes oferecem o que mais ninguém tem, afirmou Bento XVI

O Papa recebeu esta Sexta-feira os participantes no congresso dedicado ao tema “Fidelidade de Cristo, Fidelidade do Sacerdote”, que decorreu entre 11 e 12 de Março, em Roma.

O encontro, organizado pela Congregação para o Clero, contou com a participação de mais de 50 bispos e 500 padres.

Bento XVI afirmou que “é importante ter bem clara a peculiaridade teológica do ministério ordenado para não ceder à tentação de reduzi-lo às categorias culturais dominantes”.

Na sua intervenção, o Papa sublinhou que os padres devem ser “homens não sujeitos a modas culturais efémeras, mas capazes de viver autenticamente aquela liberdade que só a certeza da pertença a Deus é capaz de dar”.

O presbítero “deve estar atento para não se deixar arrastar pela mentalidade dominante, que tende a associar o valor do ministro à sua função e não ao seu ser”, assinalou o Papa, que acrescentou: “Hoje, a profecia mais necessária é a da fidelidade”.

Para Bento XVI, o “celibato sagrado”, que é “expressão do dom de si a Deus e aos demais”, compreende-se a partir do “horizonte da pertença ontológica a Deus”.

O discurso do Papa destacou igualmente a relevância dos padres para a sociedade contemporânea: “Os homens e mulheres do nosso tempo pedem-nos unicamente que sejamos sacerdotes a tempo inteiro e nada mais”.

“Os fiéis leigos encontraram em muitas outras pessoas o que humanamente necessitam, mas só no sacerdote podem encontrar aquela Palavra de Deus que deve estar sempre nos seus lábios: a misericórdia do Pai, abundante e gratuita que se transmite através do sacramento da Reconciliação”, concluiu Bento XVI.

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