Mensagens episcopais sobre a tragédia na Madeira

Mensagem do Bispo do Funchal

Solidariedade para com as vítimas do trágico temporal na Madeira

Como Bispo do Funchal, manifesto a minha profunda comunhão e solidariedade para com todos aqueles que, de algum modo, foram e estão a ser vítimas do trágico temporal que assola a Madeira.

Atraído pelo estrondoso ruído da deslocação das águas e das lamas, estive ao início desta manhã, junto da Ribeira de S. João, observando a força da natureza e a agitação de tantas pessoas, num cenário de destruição e sofrimento.

Neste momento difícil e de natural angústia, é importante manter a serenidade possível e procurar dar atenção aos alertas e orientações, que vão sendo transmitidas pelas entidades competentes. Como é necessário, também, reconhecer, aceitar e agradecer o serviço generoso de quantos, por missão ou em regime de voluntariado, não se poupam aos riscos e sacrifícios do serviço que lhes é pedido, nomeadamente as Forças de Segurança, a Protecção Civil e os Bombeiros.

A Madeira já viveu, em tempos ainda lembrados, situações semelhantes de verdadeira impotência humana e sofrimento. Unidos na mesma fé, os católicos elevaram a Deus as suas preces, por especial intercessão de Nossa Senhora. Como vosso Bispo, neste momento de dor, também eu rezo e convido os católicos a rezar, confiando as preocupações e o sofrimento de todos, nesta hora, à Senhora do Monte, nossa Padroeira, e à Virgem de Fátima, cuja Imagem peregrina entre nós.

Estou muito unido a todos e gostaria que estas minhas palavras vos possam levar algum conforto e esperança! Que Maria-Mãe, Nossa Senhora do Monte, vele por nós!

Funchal, 20 de Fevereiro de 2010

† António Carrilho, Bispo do Funchal

 

Mensagem do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

Carissimo D. António,

A vida é uma encruzilhada de surpresas e de imprevistos. Nem sempre a harmonia da natureza com o concreto das populações acontece. Tudo pode parecer um grande enigma. São horas para encontrar um lenitivo na solidariedade.

Comungo, como Arcebispo de Braga e Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, as horas de dor e de perplexidade experimentadas pelo povo da Madeira e quero assegura a mais profunda comunhão humana, cristã e eclesial.

Recordo os que partiram, em tão dramáticas situações, com a certeza das nossas orações; estou presente com quantos vivenciam dum modo mais próximo a dor provocada pela morte de entes queridos ou pela destruição de bens materiais; manifesto a disponibilidade para alguma ajuda possível na hora de recuperar dos malefícios provocados por tão grande calamidade.

Rezo, dum modo particular, para que a comunidade cristã saiba estar presente, em gestos de autentica proximidade, de modo que a experiência de comunhão eclesial testemunhe um verdadeiro amor junto daqueles que sofrem.

A minha comunhão fraterna

+Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga e presidente da CEP

 

Mensagem do Bispo de Angra

Excelentíssimo e Reverendíssimo Bispo do Funchal.

Perante os fatídicos momentos que se vive no Arquipélago da Madeira, o Bispo de Angra, em nome pessoal e de toda a Diocese, vem por este meio manifestar a sua solidariedade para com Vossa Excelência Reverendíssima, assim como, para com todo o povo madeirense.

Creia-nos unidos e presentes na oração.

Madalena do Pico, 20 de Fevereiro de 2010

+ António, Bispo de Angra

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