Cristianismo não é moralismo, diz o Papa

O cristianismo não é um moralismo, porque não podemos limitar-nos a obedecer a uma lei exterior, afirmou Bento XVI durante a sua visita ao Seminário Maior de Roma, na passada Sexta-feira.

O Papa lembrou o conceito de justiça no Antigo Testamento pelo qual se é justo se se vive bem na Palavra de Deus. “Isto – sublinhou – permanece, mas a verdadeira justiça para o cristão não consiste na obediência a algumas normas, mas no amor criativo que por si mesmo encontra a abundância do bem”.

Bento XVI repetiu aos cerca de 200 seminaristas de Roma um conceito que evocara já nas primeiras palavras proferidas imediatamente após a sua eleição, no dia 18 de Abril de 2005 quando da varanda central da Basílica de S. Pedro falara de si mesmo como um humilde trabalhador da vinha do Senhor.

“Deus plantou uma vinha neste mundo, cultivou a sua vinha com a intenção de encontrar frutos, e criou o seu povo para encontrar a resposta do amor: procura o amor da sua criatura, deseja entrar numa relação de amor com o mundo através do povo que elegeu. Mas a historia concreta é de infidelidade: em vez de uva chegam pequenas coisas que não se podem comer”, disse.

“O homem retira-se, quer ter o fruto para si, a vinha é devastada. Mas Deus não se dá por vencido, encontra outro caminho, incarna-se, torna-se ele próprio a videira indestrutível”, acrescentou.

Deus, referiu o Papa, “incarnou e pede-nos que entremos na alegria para produzir fruto: o dinamismo que vive no amor de Cristo”.

(Com Rádio Vaticano)

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