Ministros Extraordinários da Comunhão aproximam a Igreja do doentes

Bispo de Viana encerrou encontro diocesano de Liturgia

O Bispo de Viana do Castelo, na conclusão do Encontro Diocesano de Liturgia, recordou aos novos 60 Ministros Extraordinários da Comunhão que o grande serviço que vão prestar à comunidade à levar o «conforto» da Eucaristia aos idosos, doentes e acamados que não podem celebrar na assembleia.

Partindo da Palavra proclamada, D. José Pedreira reconheceu que os tempos actuais são difíceis, mas não mais do outros no passado, e que, fundamental, é colocar a nossa esperança em Cristo.

Aos que foram escolhidos para o exercício deste ministério no seio da comunidade cristã recordou que «não é uma honra», embora seja um cargo honroso e diz da estima da paróquia, mas é um «serviço em nome da comunidade».

De um modo pragmático, o Bispo de Viana do Castelo entende que nas comunidades cada Ministro Extraordinário da Comunhão não deveria ter mais do «cinco ou seis» doentes por sua conta, para «não cortar a vida familiar» e para que «o testemunho possa ser credível». Fazendo falta, explicou, a comunidade «aumenta» o número de Ministros que satisfaçam as necessidades.

A Igreja de Viana do Castelo, reconheceu o seu Prelado, ficou mais rica e com melhores condições para «levar a todos os nossos irmãos» a Boa Nova da salvação.

O beneditino, Frei Bernardino Costa, desafiou os sacerdotes e os fiéis a tomarem consciência do «papel decisivo» que liturgia na transmissão da fé, frisando que a «espectacularidade» nas celebrações encantam os olhos mas não convertem corações.

Em contraposição deste forte preocupação de «exteriorização», o beneditino defendeu uma educação para a interioridade tornando a liturgia mais «contemplativa».

É necessário, defendeu, que todos façam uma «experiência de Deus» na comunidade para compreenderem o que realmente é a liturgia que deve ser «séria, simples e bela».

A intervenção de Frei Bernardino começou como interpelação para os sacerdotes no aprofundamento pessoal para celebrar melhor, com a «autoridade da competência e carisma», e ajudar o povo a introduzir-se nas orações da Igreja.

O último dia do Encontro começou com uma abordagem do Cónego João Peixoto do sacramento da Reconciliação ao qual o Santo Cura d’Ars chamava «hospital das almas».

O palestrante falou da necessidade de valorizar a «celebração» da Reconciliação comunitária com confissão e absolvição individual, pedindo aos sacerdotes muita atenção a «momento do acolhimento». Pediu que se retire a visão «judiciária» do sacramento e que o ministro seja mais visto como «bom pastor» e imagem do Pai misericordioso.

Reclamando uma maior atenção ao «rico conteúdo» do ritual – «o que não faria o Santo Cura d’Ars se tivesse um instrumento destes em mãos» -, desafiou os padres a prepararem o ambiente, com um fundo musical, colocando nas mãos dos penitentes folhetos com textos bíblicos e o exame de consciência.

 

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