No cumprimento da sua missão, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) tem dedicado uma atenção particular à situação da comunidade católica no Sudão, seja pela denúncia das violações aos direitos humanos, seja na ajuda material e espiritual a vários projectos desenvolvidos no país.
Em Junho de 2007, a secção portuguesa da Fundação AIS lançou uma campanha intitulada «Vamos manter as escolas abertas», com o fim de ajudar as crianças do Sudão, país fustigado há mais duas décadas por uma guerra sem tréguas.
No início de 2010, o futuro das escolas “Salvem os Oprimidos” (Save the Saveable) voltam a estar nas preocupações da organização católica, que prometeu enviar mais 500 mil Euros para ajudar a manter as escolas abertas. Para isso, conta com a generosidade dos benfeitores.
No Sudão, uma guerra fratricida ceifou mais de 2,5 milhões de vidas desde 1983 e provocou a maior crise humana de que há memória em África: quatro milhões de refugiados no próprio país e mais de cinco milhões nos países vizinhos.
Oficialmente, desde Janeiro de 2005 há paz no Sudão, mas para escapar da guerra milhares de pessoas fugiram para o Norte do país onde foram amontoadas em grandes campos de refugiados nas periferias das cidades. Nestas terríveis condições poucos têm a coragem de pensar num “luxo” como a educação.
Para responder aos problemas da educação, a Igreja Católica organizou as primeiras escolas nos campos de refugiados da Arquidiocese de Cartum. Foram construídas salas multiusos e aproveitaram-se as palhotas dos refugiados. Uma vez que as escolas estatais não tinham capacidade para acolher as crianças refugiadas, foi criado em 1986 o Programa Escolar “Salvem os Oprimidos”.
Actualmente, cinco padres, um secretário de educação e um director executivo são responsáveis pelo programa que inclui 54 escolas (com 517 salas de aulas) e 66 jardins-de-infância com 866 professores e 72 trabalhadores em Cartum. Os outros centros fora da capital são dirigidos pelos Missionários Combonianos.
Para diminuir os custos está a ser feita uma reestruturação deste Programa Escolar e o objectivo é reduzir o número de escolas para apenas duas por cada paróquia. O número de professores deverá descer para cerca de 450. Haverá também uma redução no número de pessoal administrativo e outros trabalhadores. O plano visa também o envolvimento da comunidade local nas diversas paróquias para suportarem financeiramente e gerirem as escolas.
Departamento de Informação da Fundação AIS