Jornada diocesana reuniu 250 participantes, no Porto
250 pessoas das quatro regiões pastorais da Diocese do Porto reuniram-se no passado dia 6 para a Jornada da Família, que abordou o tema “Família por vocação – vocações nas famílias”.
Manuel Marques, responsável pelo Secretariado Diocesano da Pastoral da Família, refere que “a tónica foi a falta de vocação das famílias, porque há muitas famílias integradas na Igreja, em movimentos e grupos mas que não rezam…e limitam-se à missa dominical e isso não basta”. “Terá de haver a oração para ser o suporte das famílias. D. João Miranda iniciou mesmo a oração da manhã dizendo que vale mais a oração do que um debate”.
Como conclusão deste encontro “entende-se que pessoas não se casam pela vocação mas pelas circunstâncias. Os modelos de família já não são modelos que se adequam à juventude actual e por outro lado cada vez se casa mais tarde”, afirma Manuel Marques.
“Porque é que a fidelidade não apetece e nem sequer é considerada como um valor, quando, todos nós, exigimos uma garantia quando compramos o carro ou o televisor? Fizemos da fidelidade um papão, esquecendo-nos do modelo que é Jesus Cristo. Deus é fiel e nós temos de treinar a fidelidade para sabermos, de facto, o que ela é”, afirmou o orador Carlos Carneiro, sacerdote jesuíta.
“Ninguém casa no dia do casamento. O casamento não é um acto ou um gesto único, feito num dia. O dia do casamento é o primeiro dia em que se começa a casar. O casado casa-se todos os dias. O sacramento do matrimónio é o alimento do dia-a-dia dos casados. Os noivos, disse, preparam o dia do casamento, mas não preparam o casamento”, acrescentava.
Os trabalhos de grupo na tarde de Sábado reflectiram as questões: “O que é que Deus pede a uma família cristã? Qual a missão da família cristã no mundo? Como educar para a liberdade a partir de Cristo?”
Os participantes concluíram que Deus pede às famílias que sejam autênticas igrejas domésticas, onde a oração, a interpelação, o discernimento, a transmissão dos valores, a partilha e o acolhimento tenham lugar, de tal modo que as diversas vocações surjam de modo livre, consciente e responsável, o amor matrimonial seja a expressão do amor de Deus e a fecundidade do casal e da família se veja concretizada na missão activa na sociedade.
O Pe. Jorge Madureira, Director do Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional, que moderou um painel de testemunhos e apontou algumas pistas que podem ajudar na educação familiar, como a unidade na família, em casal e com os filhos; a capacidade da família responder à ânsia dos filhos, oferecendo-lhes modelos de vida; a preocupação em acompanhar os filhos e de os orientar nas suas escolhas; a importância de proporcionar aos jovens encontros com o sofrimento; a promoção de um caminho de oração na família.
D. João Miranda encerrou os trabalhos com a oração da “Missão 2010, tendo dito antes que a oração é a “chave de tudo”.
Redacção/Secretariado Diocesano da Pastoral Familiar (Porto)