Bento XVI diz que a procura do lucro não deve ser único objectivo
A “produção de bens e serviços não deve estar vinculada exclusivamente à procura do lucro económico, mas também virada para a promoção do bem-estar de todos”, sublinhou Bento XVI, ao receber este Sábado no Vaticano os dirigentes e o pessoal da ACEA, a empresa romana para os serviços de energia e higiene ambiental, acompanhados pelo presidente da Câmara.
Depois de ter elogiado algumas iniciativas desta empresa municipal e o seu estreito elo com a capital que tem o Papa como bispo, Bento XVI observou que a crise económica pôs em evidência a necessidade de uma mais ampla “responsabilidade social da empresa”, que “tenha em justa consideração as expectativas e necessidades dos trabalhadores, dos clientes, dos fornecedores e de toda a comunidade e que toma também na devida consideração o meio ambiente”.
“Deste modo – acrescentou – a produção de bens e serviços não estará exclusivamente ligada ao lucro, mas também à promoção do bem de todos”.
Ainda no Sábado, Bento XVI falou da importância e urgência de “promover e dignificar a vida de todos, especialmente dos mais vulneráveis e desprotegidos”.
Recebendo as Cartas Credenciais do novo Embaixador de Guatemala, Alfonso Matta Fahsen, o Papa aludiu aos fenómenos climáticos que têm afectado o Guatemala, nomeadamente a seca que provocou a perda das colheitas, aumentando a desnutrição e a pobreza.
“Conseguir que todos possam dispor do alimento necessário é um direito básico de cada pessoa e, portanto, um objectivo prioritário”, indicou, acrescentando que “trabalhar nesse sentido é promover e dignificar a vida de todos, especialmente dos mais vulneráveis e desprotegidos, como as crianças, as quais, sem uma alimentação adequada, vêem comprometido o seu crescimento físico e psíquico e, tantas vezes, se vêem envolvidos em actividades impróprias para a sua idade ou imersos em tragédias, que constituem uma violação da sua dignidade pessoal e dos direitos que dela derivam”.
(Com Rádio Vaticano)