Foram publicadas, em espanhol e inglês, as Actas do Primeiro Fórum Internacional sobre Migração e Paz, organizado pelo Scalabrini International Migration Network (SIMN), que reuniu, nos dias 29 e 30 de janeiro de 2009, 218 especialistas na cidade de Antígua, na Guatemala.
Durante o Fórum, cujo tema foi “Fronteiras: Muros ou Pontes?”, os participantes partilharam as suas experiências, ações e idéias para a promoção de uma convivência verdadeiramente humana e pacífica baseada no respeito dos direitos humanos de todo homem, mulher e criança, independentemente da sua origem ou do lugar onde reside, no contexto da migração internacional, prestando especial atenção ao Continente Americano.
As Actas recolhem as apresentações dos participantes provenientes de praticamente todos os países da América e outros continentes. Entre os participantes encontravam-se representantes de governos e organizações internacionais, sociais, eclesiásticas, centros acadêmicos e de mídia, políticos, especialistas em migração, organizações de migrantes, imigrantes e vários Prêmios Nobel da Paz, como a guatemalteca Rigoberta Menchú, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Médicos Sem Fronteiras, Handicap International e o ACNUR. Os volumes contem também as entrevistas realizadas durante o evento e a Declaração Final de Antigua, um documento que apresenta as conclusões e compromissos futuros do Fórum.
Entre seus objetivos, o Fórum pretendeu adquirir e fornecer novas perspectivas sobre a relação entre a migração internacional e os processos de reconciliação e construção da paz; promover um diálogo de alto nível sobre os processos de migração e a promoção de uma vida plenamente humana e pacífica para todos a nível internacional entre Prêmios Nobel da Paz, representantes de governos, organizações internacionais, organizações sociais, centros acadêmicos, meios de comunicação social e representantes de organizações de migrantes; promover políticas e programas de respeito e proteção dos direitos dos migrantes e as suas famílias; definir propostas que comprometam todos os diferentes atores sociais e políticos na construção de uma cultura de acolhida, solidariedade e paz; divulgar o compromisso da Igreja para com os migrantes, suas famílias e comunidades; promover a articulação de uma rede de apoio para a coexistência pacífica entre as comunidades migrantes e as comunidades locais e incentivar aos participantes do Fórum para continuar sendo agentes de mudança sociocultural e como promotores de um mundo mais pacífico.