Vaticano empenhado na reconstrução do Haiti

Vítimas do sismo evocadas numa sessão especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU

O representante do Vaticano no Conselho de Direitos Humanos da ONU, D. Silvano M. Tomasi, lembrou em Genebra as vítimas do sismo que atingiu o Haiti a 12 de Janeiro e assegurou que a Igreja Católica continuará empenhada na reconstrução do país.

Numa sessão especial do Conselho, o Arcebispo italiano destacou que “o mundo foi abalado pelas dezenas de milhares de mortes, os milhões que ficaram desalojados, a destruição de Port-au-Prince e outras aldeias da ilha do Haiti”.

A delegação da Santa Sé expressou as suas “condolências” às vítimas do terramoto, ao povo e ao governo haitianos, através dos representantes do país ali presentes, e defendeu que esta tragédia “mostra claramente a necessidade de respeitar os direitos humanos”.

No caso do Haiti, precisou, trata-se do “direito à vida, à alimentação, água, saúde, desenvolvimento, uma esperança de vida apropriada, um trabalho decente”. Por isso, o representante da Santa Sé apelou à “solidariedade da comunidade internacional, para que responda imediatamente a estes pedidos do povo haitiano”.

D. Tomasi recordou a imagem da catedral de Port-au-Prince, que deu a volta ao mundo, como símbolo da “situação da Igreja neste país de maioria católica”.

“A Igreja também foi atingida dura e dolorosamente com a morte de muitos dos seus membros, o Arcebispo de Port-au-Prince, religiosas, sacerdotes e seminaristas. Escolas, hospitais e clínicas geridas pela Igreja foram destruídas. Um grande número de trabalhadores sociais e pastorais, muitos deles estrangeiros, morreram debaixo dos escombros de uma cidade arrasada, enquanto estavam ao serviço do povo haitiano”, assinalou.

Após sublinhar o trabalho das organizações católicas no terreno – só a Cáritas enviou até agora 33 milhões de dólares e a Catholic Relief Services, dos EUA, outros 25 –, D. Tomasi asseverou que “a Igreja, enquanto parte integral da sociedade haitiana, continuará a colaborar activamente na reconstrução do país”, contribuindo no avanço educacional e sanitário do Haiti “na sua justa aspiração por uma vida livre e digna”.

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