Mundo perde em liberdade de religião e expressão

O ano de 2009 foi marcado pelo retrocesso da liberdade no mundo, afirma o Relatório 2010 “Liberdade no Mundo”, produzido pela organização norte-americana Freedom House.

De acordo com o Relatório, 2009 registou um aumento da repressão contra defensores e activistas de direitos humanos. Episódios como o afastamento do presidente em Honduras e o massacre de civis e jornalistas nas Filipinas são exemplos disso.

A liberdade de expressão continuou alvo de coibição: a pequena imprensa, em especial, continua a ser perseguida, e o mesmo ocorre com as pessoas comprometidas com os direitos humanos e as reformas políticas.

Desde 1972, a organização “Freedom in the World” avalia a capacidade das pessoas de exerceram os seus direitos civis e políticos em 194 países e 14 territórios do mundo. As nações são classificadas em: “Livre”, “Parcialmente Livre”, e “Não Livre”.

Este ano, 89 países foram catalogados como “Livres” e 58 como “Parcialmente Livres”. O número de países considerados como “Não Livres” aumentou para 47, o que significa que mais de 2,3 mil milhões de pessoas vivem sem ver os seus direitos políticos e liberdades civis respeitados.

O Relatório destaca ainda que desde 1995 não se registava um número tão baixo de democracias eleitorais.

Os avanços mais significativos na área de liberdade foram vistos na Ásia, graças às eleições democráticas na Índia, na Indonésia e no Japão.

De acordo com o Relatório, o Médio Oriente continua a ser a região mais repressiva do mundo e África aquela com maiores retrocessos, com destaque para o Lesoto, que passou de país “Livre” para “Parcialmente Livre”. Nigéria, Etiópia, Madagáscar, Quénia, Guiné e Níger também deram passos atrás.

Na América Latina, o destaque do ano de 2009 foram as Honduras, que saiu da lista de democracia eleitoral devido ao golpe de Estado ocorrido no final de Junho.

Todo o Relatório, com mapas e ilustrações, está em www.freedomhouse.org

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