Seguindo uma centenária tradição, Bento XVI benzeu hoje dois cordeiros brancos na memória litúrgica de Santa Inês. Um dos cordeiros vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade da Santa, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio.
Santa Inês, cujo nome latino (Agnes) se associa à palavra em Latim para cordeiro (agnus), está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal.
A lã dos animais será empregue na confecção dos pálios (faixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda) que são envergados pelo Papa e os Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica. Trata-se de uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é abençoada pelo Papa na solenidade de São Pedro e São Paulo, a 29 de Junho.
Santa Inês é a mais famosa de todas as virgens e mártires dos primeiros tempos do cristianismo. Viveu por volta de 304-306. Com a idade de treze anos, recebeu uma proposta de casamento por parte do filho do prefeito de Roma, apaixonado por sua beleza, mas ela recusou.
Conta a história que, por vingança, Santa Inês foi condenada à fogueira. E o povo acrescenta que o fogo não tocou nem mesmo os seus longos e belos cabelos.
O Papa São Dâmaso escreveu sobre Santa Inês, exaltando-lhe as virtudes e propondo-a como modelo para as jovens cristãs de todos tempos.