Bento XVI recordou acção dos Franciscanos e Dominicanos na renovação da Igreja
Na audiência geral desta Quarta-feira, Bento XVI lembrou a situação dramática do Haiti, lamentando as perdas humanas, o grande número de pessoas desalojadas e dispersas e os incalculáveis danos materiais.
O Papa convidou os presentes, telespectadores e ouvintes a unirem-se a ele na oração pelas vítimas da sismo e por aqueles que choram os mortos. Bento XVI orou a Deus para que console e alivie o sofrimento dos haitianos.
“A generosidade de todos é importante, a fim de que, neste momento de necessidades e de dor, não lhes falte a nossa solidariedade concreta e a ajuda operativa da comunidade internacional. A Igreja Católica foi imediatamente accionada, através das suas instituições de caridade, indo ao encontro das carências mais prioritárias da população” – garantiu o pontífice.
Franciscanos e Dominicanos renovaram a Igreja
Durante a sua catequese, Bento XVI assinalou que São Francisco de Assis e São Domingos de Gusmão, fundadores dos Franciscanos e Dominicanos, “demonstraram ter grande capacidade para ler com inteligência os ‘sinais dos tempos’, intuindo os desafios que a Igreja daquela época deveria enfrentar”.
O Papa recordou que no século XIII, o nascimento e desenvolvimento da Ordem dos Frades Menores e da Ordem dos Pregadores “levou a Igreja a passar por uma profunda renovação através dos seus testemunhos de vida autenticamente cristã”.
“Essas Ordens religiosas, querendo viver a pobreza evangélica, recorriam à ajuda dos fiéis para poder se manter, e por isso eram denominadas Mendicantes”, explicou o Papa.
A reacção de São Francisco e São Domingos permitiu que a Igreja respondesse ao” aparecimento de grupos radicais que se afastavam da verdadeira doutrina cristã”, ao “aumento das populações urbanas sedentas de uma intensa vida espiritual” e à “transformação cultural que eclodia a partir das Universidades”.
Com Agências
Foto: Port-au-Prince, capital do Haiti, 13.01.2010