D. António Vitalino diz que se cometeram «várias desigualdades» no que se refere aos direitos fundamentais
D. António Vitalino, Bispo de Beja, disse que se cometeram “várias desigualdades” no que se refere aos direitos fundamentais quando o Parlamento aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, “igualando aquilo que é, por natureza, desigual, o casamento de pessoas de sexo diferente e a união, digo casamento, de pessoas do mesmo sexo”.
O prelado aponta o dedo aos “jogos políticos dos nossos representantes eleitos, que cedem a pressões de lóbis ou interesses pessoais, mesmo que isso vá contra o senso comum ou o comum sentir da maioria dos cidadãos”.
Na sua nota semanal para a «Rádio Pax», D. António Vitalino lamenta também a recusa a um referendo sobre a matéria, assinalando que “cidadãos que se movimentaram no sentido de cumprir a Constituição para requerer o referendo não são considerados”.
“O facto de os promotores do referendo terem sido postos de parte por uma simples votação no Parlamento, vem desmotivar ainda mais os cidadãos da vida pública. Afinal parece que nem todos estão interessados nessa participação”, acusa.
Falando aos cristãos, apela a que não deixem de lado as suas convicções mais profundas e indica o caminho para o futuro: “Teremos de promover o casamento heterossexual e a família dele resultante, pois só este contribui para o desenvolvimento integral da nossa sociedade e dará segurança, confiança e esperança à geração dos mais velhos, que já não pode voltar atrás, para corrigir eventuais lacunas”.