Procissão pela paz encheu ruas do Funchal

Multidão acompanha Imagem Peregrina da Virgem de Fátima

Centenas de pessoas integraram-se, Domingo à tarde, na procissão que acompanhou a Imagem Peregrina da Virgem de Fátima, desde a igreja do Colégio até à igreja do Carmo, no Funchal.

Uma multidão reunida à volta do andor, com velas, flores e cânticos, percorreu várias ruas da cidade, numa manifestação pública de fé que foi presidida pelo Bispo do Funchal.

No final da procissão, D. António Carrilho dirigiu-se particularmente aos grupos de jovens que, após a recepção da Imagem Peregrina, fariam a Marcha da Paz até à Catedral. A iniciativa teve o objectivo de alertar e sensibilizar as pessoas para a urgência de construir a paz e de viver em solidariedade, respeito pelos outros e pela criação.

“A paz depende de cada um de nós, depende de mim, depende de ti, depende de todos, na nossa relação com Deus e com os outros. A paz começa e parte do íntimo de cada um, da nossa consciência e do nosso coração: sem serenidade e paz interior, quem poderá ser construtor da Paz? Aquele que vive em paz projecta, em redor de si mesmo, a união e a concórdia, vence as tentações do ódio e da violência, reconhece a dignidade dos seus semelhantes (homem e mulher, criados à imagem e semelhança de Deus), aprecia e respeita a criação, como dádiva de Deus para todos”, referiu o Bispo do Funchal.

Já no interior da igreja do Carmo, o prelado disse sentir “grande alegria ao verificar como tanta gente tem acolhido a Imagem Peregrina”, prova de que “a Mensagem de Fátima é mensagem de vida”.

Perante este cenário, D. António Carrilho não hesitou em afirmar, longo no início, que o que ali se vivia era a “festa da fé e da esperança”. E na sua homilia, em referência também à festa litúrgica da Epifania e à celebração da Paz, falou da manifestação de Deus e da mensagem de Fátima que nos comprometem, ainda hoje, para uma maior intervenção na sociedade. “Todos estão comprometidos na construção de uma sociedade nova”, sublinhou.

Neste compromisso, salientou que se estivermos atentos ao mundo que nos rodeia, deparamo-nos “com espinhos cravados na carne de muita gente, de desilusões, da solidão, da doença, de luto e de tanto sofrimento”.

“Nós não podemos passar adiante sem fazer algo para arrancar algumas dessas mágoas, desse sofrimento e dessa tristeza”, apelou.

O importante é “arrancarmos um espinho onde pudermos, plantarmos uma flor onde ela possa efectivamente crescer. Isto faz comunhão, faz brilhar a luz do Senhor que a todos deseja congregar”, defendeu o Bispo do Funchal.

Redacção/Jornal da Madeira

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