Presépio de Perre é atracção natalícia

A abertura ao público, na manhã do dia 25, de um presépio com perto de uma tonelada de materiais é a maior atracção da época na freguesia de Perre, em Viana do Castelo. Há mais de 20 anos que Luís Barros assegura a confecção deste presépio com 30 metros quadrados e que, só em pedra, recorre a mais de 500 quilos. A delícia de miúdos e graúdos está desde já garantida.

“A grande novidade deste ano é uma fonte. Há uns anos que sonhava em colocá-la no presépio e este ano, finalmente, consegui”, explicou ao DN o autor, garantindo que, como é hábito, o trabalho “só fica pronto em cima do dia de Natal”.

“A partir daí é uma correria de gente para o ver”, conta, orgulhoso. Com um portentoso Castelo, moinhos de vento motorizados, um rio e mais de uma centena de figuras, este presépio ocupa toda a sala do Museu Paroquial de Perre. “Há vinte anos era feito no interior da Igreja, mas foi crescendo e teve que mudar de sítio”, diz ainda. A confecção propriamente dita começou em Novembro e vai decorrer até à véspera do dia de Natal, como manda a tradição. Depois da missa do dia de Natal pode, finalmente, ser apreciado.

Um trabalho que, no entanto, começou já em Maio com a recolha dos materiais necessários à confecção. Só do típico musgo o presépio necessita de 250 quilos, enquanto que a réplica quase perfeita de um castelo leva mais de 15 quilos de casca de carvalho, para imitar a pedra. Depois são ainda necessários 500 quilos de pedras, grande parte das quais para reproduzir caminhos em calçada, e 50 quilos de cortiça. Entre outros, o autor estima em perto de uma tonelada de materiais necessários ao presépio.

“O Castelo é um dos pontos mais importantes. Leva um mês para montar porque tenho de colocar as cascas uma a uma”, explica Luís Barros, um agricultor de Perre que, aos 42 anos, reconhece ter uma espécie de dom para a construção destes presépios. Um trabalho “de paciência”, como faz questão de afirmar, tendo em conta pormenores como as calçadas ou o castelo. “O problema é que os mais novos já não têm essa paciência”.

Por dia passa mais de três horas à volta do presépio, onde não faltam as animações, os moinhos e até, claro está, o rio. “Presépio sem rio não é presépio a sério”, diz. A cada ano, garante, os motivos do presépio variam, mas toda a estrutura fica montada várias semanas.

Com Diário de Notícias

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