Mensagem de Natal do Bispo de Viana

No redemoinho do tempo, algo está para acontecer que nos interpela e convida a uma pausa de reflexão sobre a amorosa relação com toda a humanidade e com a inteira obra da criação.

Para quem vive no tempo, os dias não são todos iguais.

É Natal – Jesus Cristo, Príncipe da justiça e da paz, torna-se presente no meio de nós. Há sonhos ainda não plenamente realizados, desejos eufóricos de abraçar todo o mundo, todos os seres, particularmente os que mais sofrem; desejo de nos aproximar daquele Homem-Deus que se nos revelou ser fonte de verdade e vida; Aquele que está sempre presente no coração da história, capaz de lhe desvendar o segredo da origem, imprimir um sentido válido para o presente e apontar um futuro de esperança e paz, em cujo horizonte devem caber todos os homens.

É Natal – capaz de aquecer os corações mais frios, de apagar os ódios mais dilacerantes, de suavizar a dor própria e alheia, de abrir portas para acolher os excluídos, de praticar gestos reveladores de solidariedade com os atingidos pela crise do desemprego, todos os que sofrem, no corpo ou na alma.

É Natal – tempo de comunhão e partilha, de purificação dos nossos desvarios, egoísmos, indiferenças; mas também de abertura aos valores maiores, à esperança, à solidariedade, à prática do bem comum, à manifestação de reconhecimento e carinho com os que nos são mais caros, mais próximos, promotores no progressivo desenvolver da nossa própria vida: os nossos familiares e todos aqueles que nos ajudaram a crescer nos valores espirituais, os que nos auxiliaram a descobrir o Criador e Aquele que se fez um de nós – no Presépio de Belém – para que possamos participar da sua natureza divina, do amor que transforma e purifica.

Natal é amorosa esperança, fonte de alegria e imperativo de solidariedade e paz, que desejamos aos nossos diocesanos, aos que nos lerem e a toda a humanidade.

D. José Pedreira, Bispo de Viana do Castelo

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