Bispo da Guarda lembra direito fundamental à vida

D. Manuel Felício critica individualismo e um modelo de cultura sem Deus

D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, lembrou ontem a “a dignidade de todo ser humano, sujeito de direitos, mas sobretudo do direito dos direitos que é o direito à vida, desde o primeiro momento da sua concepção”.

Na celebração da Imaculada Conceição, o prelado disse que este é “um direito que a sociedade e as suas leis parecem querer desistir de proteger, mas de facto ele é o direito fundamental e sem ele os outros de nada valem”,

“Pelo facto de estarmos diante de seres humanos indefesos, mais se impõe que cuidemos deles e os protejamos por todos os meios ao nosso alcance”, disse, na Sé da Guarda, mostrando-se preocupado com “a predominância de um modelo de cultura sem Deus ou pelo menos que pretende, a todo o custo, expulsar Deus do palco da vida social”.

D. Manuel Felício criticou ainda o “individualismo e a pretensa autonomia absoluta da consciência pessoal, que conduz ao relativismo” na sociedade moderna, apontando o dedo à “progressiva perda do sentido de pertença nas pessoas e nos grupos”.

O Bispo da Guarda lamentou também o “princípio indiscutível da satisfação dos desejos pessoais a qualquer preço acompanhado da liberalização sexual fora de qualquer regra”.

Na celebração desta Terça-feira teve lugar a ordenação de dois diáconos, Luís Miguel Freire e Luís Miguel Nobre, a quem o seu Bispo disse que “os tempos presentes em que se desenrola a vida da Igreja e em particular o Ministério Sacerdotal não são fáceis e não se adivinha futuro de mais facilidade”.

“A cultura ambiente em que temos de viver e desenvolver o nosso Ministério, de facto, apresenta-se com progressiva agressividade em relação aos valores evangélicos que queremos viver e defender”, assinalou D. Manuel Felício.

O prelado apontou dificuldades no seio das próprias comunidades cristãs, sublinhando que as mesmas “pedem com frequência coisas que nós não lhes devemos dar e não se empenham nas propostas que lhes fazemos e que são decisivas para o futuro da Fé nos nossos ambientes”.

“Convido-vos, por isso e desde já, a reforçardes a vossa preocupação por encontrar formas de darmos conjuntamente cumprimento à radical forma comunitária do Ministério Sacerdotal, assim como também à Fraternidade Sacramental que todos os Sacerdotes são convidados a viver em Presbitério”, disse o Bispo da Guarda aos novos diáconos.

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