A resposta da Igreja às mudanças climáticas

A Conferência de Copenhaga sobre as mudanças climáticas irá tomar decisões importantes que vão influenciar muitos aspectos da nossa vida presente e futura. O Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e a KEK (Conferência das Igrejas Europeias), juntamente com várias outras comunidades, a título individual, escreveram uma carta conjunta, na qual assinalam que os desafios de Copenhaga “não têm apenas a ver com as vertentes técnicas das mudanças climáticas: ética, cultura, fé e religião são elementos substantivos”.

A mudança de estilos de vida, apontam, deve ser tida em conta se a questão das mudanças climáticas quiser ser efectivamente abordada, assegurando um desenvolvimento humano integral.

“Sabemos que apenas com uma ecologia humana real – que tome em conta os direitos e também as responsabilidades que temos uns com os outros e com as gerações futuras – se poderá prever um melhor cuidado do ambiente”, indicam os secretários do CCEE e da KEK.

As Igrejas cristãs da Europa acreditam que a UE tem de aumentar esforços para reconhecer a responsabilidade mútua dos Estados-membros no combate a estas alterações.

A esta luz, a carta deixa as seguintes indicações:

“Encorajamos as Igrejas e os cristãos na Europa a tomar acções apropriadas para abordar o desafio das mudanças climáticas, nas próximas semanas. Encorajamo-los a abordar os seus respectivos governos, convidando-os, com corajosa generosidade, a tomar acções fortes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. O impacto da crise económica não deve ser uma desculpa para evitar acção efectiva na protecção do ambiente.

Encorajamos as Igrejas na Europa a indicar que o desafio das mudanças climáticas é um assunto de justiça. Os que menos contribuíram para este problema, porque vivem em regiões menos desenvolvidas e menos industrializadas, são os primeiros a sentir os seus efeitos.

Temos de reconhecer que as mudanças climáticas podem causar sofrimentos e danos indizíveis, podem cortar o desenvolvimento humano integral e prejudicar a criação. Apoiamos o desenvolvimento de novos instrumentos financeiros, que permitam enfrentar estes problemas.

Encorajamos as Igrejas a tomar parte em iniciativas de poupança de energia, na promoção de energia renováveis, abordando os efeitos negativos das mudanças climáticas e educando para uma responsabilidade ecológica, destinada a salvaguardar uma autêntica ecologia humana.

Convidamos as Igrejas a um compromisso na oração comum, na solidariedade com quem sofre os efeitos negativos das mudanças climáticas, numa busca comum de sabedoria e perseverança para mudar os nossos estilos de vida desadequados”.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top