Igreja atenta à evolução da gripe A

O coordenador nacional da Pastoral da Saúde rejeitou hoje que tenha havido uma diminuição de fiéis nas missas devido à gripe A (H1N1), mas acrescentou que, se a pandemia o justificar, a Igreja pode interromper as celebrações litúrgicas.

“Não me parece que tenha havido a menor diminuição de fiéis nas missas”, afirmou à agência Lusa o padre Vítor Feytor Pinto, à margem do XXII Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que decorre em Fátima.

Questionado sobre se a Igreja Católica está preparada para a eventualidade de interromper as celebrações religiosas devido à pandemia da gripe A, o responsável respondeu afirmativamente, mas disse acreditar que a situação ainda não se coloca.

“Penso que estamos muito longe dessa solução, mas se o problema fosse dramático não tenho a menor dúvida de que a Igreja colaboraria também, convidando as pessoas a não se reunirem”, admitiu.

O problema da gripe A “não tem sido grave”, o que o responsável atribui à “boa terapia no processo da educação”

“Não foi só o Ministério da Saúde que, de uma maneira brilhante, esteve permanentemente a dizer quais eram os tipos de comportamentos que se deveriam ter”, observou, acrescentando que o trabalho de prevenção “riquíssimo” se deveu ainda às comunidades paroquiais, desportivas e escolares.

O coordenador nacional da Pastoral da Saúde salientou ainda que a circular distribuída em Julho aos sacerdotes – aos quais se pedia a divulgação junto dos fiéis das recomendações a seguir para evitar a propagação da gripe A – teve um “impacto indiscutível”.

“Foi muito bem recebido em todo o país, posso dizê-lo”, assegurou o padre Feytor Pinto.

Frisando que a circular é uma “orientação” sem “obrigatoriedade”, o responsável sustentou, contudo, que “não é, de forma nenhuma, uma orientação à qual não se dê importância”.

Redacção/Lusa

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