Papa pede relações pessoais inspiradas no amor

Bento XVI recebe peregrinos no Vaticano, lembrando teólogos do século XII

Bento XVI defendeu esta Quarta-feira, no Vaticano, que as relações interpessoais seriam diferentes, caso fossem inspiradas no amor, como propunham os teólogos Hugo e Ricardo, do século XII.

“Como mudaria o mundo se as relações se baseassem no exemplo das três pessoas divinas”, considerou, recorrendo aos filósofos da Abadia de São Víctor, na França.

Falando no mistério da Santíssima Trindade, o Papa explicou que “a divindade é como uma onda amorosa que jorra do Pai, flui e reflui no Filho para ser depois felizmente difusa no Espírito Santo”.

Neste contexto, Bento XVI afirmou que apenas “o amor nos faz felizes, porque vivemos para amar e ser amados”.

O Papa falou ainda do “sentido da história descrita na Bíblia”, frisando que “as vicissitudes humanas aparecem marcadas pela Providencia divina, segundo um seu desígnio bem ordenado”.

Esta visão teológica da história, acrescentou, “põe em realce a intervenção surpreendente e salvífica de Deus, mas sempre salvaguardando a liberdade e a responsabilidade do homem”.

Hugo de São Victor, monge da abadia fundada em Paris no início do século XII por Guilherme de Champeaux, insistiu na importância do sentido histórico–literal das Escrituras, sublinhando a necessidade de “conhecer e aprofundar o significado da história narrada na Escritura”.

Aos peregrinos de língua portuguesa, o Papa desejou que “o exemplo das três Pessoas divinas – cada uma vive não só com a outra, mas para a outra e na outra – possa inspirar e animar as vossas relações humanas de todos os dias”.

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