Católicos e Luteranos evocaram 10.º aniversário da Declaração conjunta sobre Doutrina da Justificação
Um marco no caminho rumo à unidade dos cristãos: celebrou-se neste Sábado, em Augsburgo, na Alemanha, o 10.º aniversário da Declaração conjunta da Igreja Católica e da Federação Luterana Mundial sobre a Doutrina da Justificação. O evento contou com a participação do presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, D. Walter Kasper.
“Deus é unidade e quer a unidade”, “quer uma só Igreja como instrumento e sinal da unidade da humanidade”, afirmou o cardeal responsável por aquele Organismo do Vaticano. “A separação das nossas Igrejas” é “um contra-testemunho do Evangelho”, “um escândalo”, acrescentou.
Na alocução que proferiu na oração de Vésperas, D. Walter Kasper destacou o papel do movimento ecuménico, que, afirmou, “não é obra do espírito do liberalismo e do indiferentismo”, mas é “impulso do Espírito de Jesus Cristo, do Espírito Santo”. Por isso, “devemos permanecer fiéis à opção ecuménica; não há alternativas”, observou.
Ao evocar a Declaração, assinada em Augsburgo, o cardeal contestou as “críticas (…) acerca de uma aparente estagnação no ecumenismo”, “que em termos hipócritas ressaltam somente o que ainda não se alcançou, esquecendo o que nos últimos anos foi conquistado”, afirmando que essas análises manifestam uma “ingratidão nua e crua”.
D. Walter Kasper lembrou as palavras pronunciadas durante a assinatura do acordo: “Damo-nos as mãos e agora não mais as deixaremos, nunca mais nos separemos”.
Por outro lado, o responsável sublinhou que é preciso “sermos realistas” e conscientes de que “o caminho para reunir o povo de Deus ainda não acabou”, e de que no percurso existem, por vezes, também obstáculos.
Durante a sua intervenção, o cardeal desejou que “o ecumenismo seja, em primeiro lugar (…) da oração”, o que implica a comum meditação orante da Bíblia.
Com Rádio Vaticano