Festa claretiana 2009 dá visibilidade a projectos missionários
Reflectir sobre a missão claretiana no mundo é o objectivo da festa que celebra Santo António Maria Claret, fundador da Congregação Claretiana.
Desde o dia 21 de Outubro e até ao primeiro dia de Novembro, a congregação pretende estabelecer uma ponte entre as missões e a santidade. O Pe. Artur Teixeira, Superior provincial dos Claretianos, responsável da organização da Festa Claret 2009, explica à Agência ECCLESIA a importância de dar à juventude e a todos quantos colaboram com os claretianos a oportunidade de “participar na celebração do fundador, estendendo no tempo presente o carisma do Pe. Claret”.
O Superior provincial centra o tempo presente como um tempo “de missões”.
“Vivemos um tempo novo onde as missões que decorrem fora de Portugal suscitam curiosidade e novas vocações”, reconhece. Esta “porta que se abre” permite suscitar nos jovens a vontade de partir.
As missões têm crescido “em números, em pessoas, em solidariedade, em participação”, regista o Superior provincial dos Claretianos.
A tradição de ajudar era já uma realidade na congregação que enfrenta agora o desafio de “criar transformação com as estruturas. Isto exige um agir e pensar local e global”.
As experiências missionárias permitem “abrir a mente e o coração e encontrar o próprio Deus noutras realidades, enriquecendo-se pessoalmente também”, traduz o Pe. Artur Teixeira.
Os testemunhos que chegam “ajudam a encarnar o que se vive, estabelecem-se pontes reais e os projectos ganham credibilidade também pela mudança que operam nas pessoas que partem e que recebem”. Nesse sentido, a festa P.Claret contou com a participação nas «Conversas com vida» de um missionário argentino claretiano, o Pe. Alberto Rossa, que trabalha na evangelização e formação bíblica num contexto de fronteira, em Macau e na China, onde os cristãos encontram algumas restrições ao seu trabalho.
Também o músico André Corrêa d’Almeida, que esteve quatro anos no Oriente, partilhou com os jovens a sua música e também a sua história de passagem pela China que resultou no álbum «Mares da China».
Este jovem músico esteve em Macau, entre 1996 e 2000, integrando uma equipa que tinha por objectivo implementar o projecto educativo da Universidade Católica em Macau antes da passagem deste território para a administração chinesa.
Da sua passagem pelo Oriente, o músico destaca a afectividade desenvolvida com o território e o povo, resultando na composição musical.
Este músico aponta a aproximação ao diferente como a grande marca da sua vivência em Macau. “Estar na China foi uma experiência extrema de contacto com o diferente, quer a nível cultural como espiritual. Enriqueci e complementei a ideia de outro”, refere.
A Festa P. Claret 2009 encerra este Domingo, dia 1 de Novembro, nos Carvalhos, com uma eucaristia presidida por D. Manuel António Santos, Bispo de São Tomé. O prelado santomense, pertencente à congregação claretiana, vai ainda testemunhar a sua participação na II Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para África, recentemente decorrida no Vaticano.