A Diocese da Guarda promoveu, esta manhã, uma visita guiada às obras de recuperação do edifício do Paço Episcopal. Durante a visita, D. Manuel Felício disse que a Diocese suporta na totalidade o custo das obras do edifício do Paço Episcopal, orçadas em 928 mil euros, tendo optado por não pedir apoio ao Estado para “poupar a administração pública”.
O bispo da Guarda adiantou que a decisão de executar o projecto sem financiamento público foi tomada para acelerar o processo.
“Se estávamos à espera de financiamentos públicos, não sei se iríamos arrancar [com as obras]”, admitiu o prelado diocesano, indicando que as mesmas foram iniciadas em Junho de 2009 e têm um prazo de execução de um ano.
Acrescentou que a opção também foi tomada “tendo em conta as dificuldades que os mecanismos de financiamento público apresentaram nos últimos anos e continuam a apresentar”.
“Resolvemos ir por um caminho de autonomia. (…) Entendemos que devíamos optar por poupar a administração pública a este compromisso”, justificou.
A obra está a ser paga com donativos dos fiéis, cujos resultados são publicados nos três jornais da Diocese, explicou, dando conta que já foi feito um pagamento ao empreiteiro superior a 100 mil euros.
O edifício apostará nas energias renováveis para aquecimento, através de geotermia, e, segundo a Diocese, está em aberto, a possibilidade de produção de energia fotovoltaica.
O Paço Episcopal ocupa uma casa solarenga do século XVIII, que no final da intervenção manterá a sua traça arquitectónica original.
“A ideia base subjacente a todo o projecto foi sempre de manter as características arquitectónicas do edifício”, referiu o autor do projecto, arquitecto Joaquim Carreira.
Após as obras de remodelação, no edifício do Paço Episcopal continuará instalada a residência do bispo e a Cúria Diocesana, actualmente
A funcionar no antigo Colégio de S. José.
As alterações mais visíveis ocorrerão no rés-do-chão do edifício, onde funciona a Cúria Diocesana, onde será criada uma sala de reuniões (para 50 a 70 pessoas), uma zona para o economato da Diocese e três gabinetes.
No primeiro piso, onde continuará a funcionar a residência do bispo, ficará uma sala de espera, uma sala de audiências, uma capela, um gabinete de trabalho, uma biblioteca e um quarto.
No mesmo piso serão criadas condições para funcionamento da secretaria de apoio ao bispo e para alojamento da comunidade religiosa que colabora com o Paço Episcopal.