Aberta assembleia plenária do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais
Iniciou-se esta Segunda-feira no Vaticano a assembleia plenária do Conselho Pontifício das Comunicações Sociais (CPCS), com a presença de cerca de 50 participantes, entre membros e consultores, entre os quais se inclui o Cón. António Rego, director do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.
A reunião magna acontece após o anúncio, em Março deste ano, da intenção de se redigir um novo documento sobre as relações entre Igreja e media.
Na abertura dos trabalhos, o presidente do CPCS, D. Claudio Celli, afirmou ter chegado o momento de “olhar atentamente para a imprensa católica e o mundo da Internet”.
Após um balanço dos dois anos de trabalho, este responsável destacou que o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2010 terá como tema a relação entre os sacerdotes e o “mundo digital”.
Na discussão destes dias, os participantes na assembleia plenária tentarão encontrar respostas para a difusão de novos instrumentos de comunicação, que levaram a uma verdadeira “revolução” e à criação de uma nova cultura.
Mais informação, novas possibilidades de diálogo e intercâmbio são oportunidades que a Igreja quer aproveitar.
O último documento do CPPS sobre esta matéria foi a “Aetatis Novae”, em 1992, longe já da nova era multimédia que hoje se vive.
No Vaticano, por estes dias, debate-se um novo documento para um tempo em que a Igreja não tem necessidade de reivindicar um espaço no mundo dos media, porque tem diante de si, em larga medida, um campo livre, com as novas tecnologias. O texto sobre os novos desafios mediáticos terá como objectivo introduzir a comunicação da Igreja no mundo do digital.
Pope2you
Exemplo desta mudança foi a criação, em Maio passado, do site www.pope2you.net
O espaço teve mais de 5 milhões de acessos nos seus primeiros 15 dias de existência e mais de 200 mil mensagens foram ali enviadas.
Para D. Claudio Celli é importante saber promover esta “experiência pastoral” que permitiu criar um núcleo duro de 30 a 40 mil “amigos” entre jovens de todo o mundo.
Nesse sentido, e superados os temores iniciais, a intenção é manter o site aberto, o que impões “mudanças rápidas e novas perspectivas”.
“O mundo juvenil, de facto, não pode permanecer ligado a um site que durante vários meses não ofereça nenhuma mudança gráfica ou de conteúdos”, alertou.