Cáritas apoia novos desempregados

Organização católica alerta para aumento do desemprego e agudização da situação social do país

A Comissão permanente da Cáritas Portuguesa anunciou que a organização católica irá criar um fundo de apoio aos novos desempregados “sem qualquer protecção oficial”.

Após uma reunião que decorreu em Fátima, este Sábado, a Comissão anunciou que o dinheiro para este fundo virá de uma percentagem (35%) das verbas obtidas durante a habitual operação de Natal, “10 Milhões de Estrelas – um gesto pela paz”, habitualmente destinadas a realização de projectos em países em vias de desenvolvimento.

Proximamente, a Cáritas e a Ticket Restaurante irão assinar um protocolo, outra aposta para fazer face ao “preocupante aumento do desemprego” e “agudização da situação social do país”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a organização católica para a acção social destaca “o esforço dispendido por cada Cáritas Diocesana para prestarem o apoio socioeconómico às famílias em situação de precariedade devido à actual crise económica e financeira, pois são escasso os recursos económicos para fazer face às solicitações”.

Com excepção das Cáritas Diocesanas de Setúbal e do Porto, que beneficiam do apoio do Projecto “País Solidário”, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com outras entidades, as restantes estão a disponibilizar meios próprios, a maioria provenientes do peditório público anual e das colectas dos ofertórios das missas do Dia Nacional da Cáritas, celebrado em Março passado.

A Cáritas Portuguesa manifestou ainda a sua preocupação pelos impactos que a Gripe A possa ter naqueles que “vierem a ser contagiados e não disponham de redes familiares ou de proximidade que os apoiem, como são os sem-abrigo, os passantes e as pessoas idosas que vivem sós”.

No sentido de minorar os efeitos mais perigosos desta pandemia nestas faixas da população, foi deixado um apelo às comunidades paroquiais para que “prestem particular atenção a estas pessoas, procurem assegurar, em colaboração com outras instituições, os cuidados básicos de alimentação e de higiene, bem como o acesso à medicação necessária”.

A organização católica apela às entidades competentes para que “alarguem o acesso gratuito à vacinação das pessoas, socialmente, mais vulneráveis e aos profissionais e voluntários que lhes prestam serviços”.

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