Uganda: seminário para vocações de adultos a rebentar pelas costuras

O seminário para vocações de adultos em Kampala, no Uganda, mal tem espaço para alojar os muitos candidatos que querem preparar-se para o sacerdócio. A informação foi avançada pelo reitor da instituição, Pe. Joseph Sserunjogi, em declarações à organização católica internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

Para responder ao aumento das solicitações, salas de estudo e outros espaços de um mosteiro vizinho estão a ser transformados em quartos, mas há casos em que até 15 pessoas têm de partilhar o mesmo dormitório, em 15 metros quadrados. Apesar das dificuldades, o seminário tem dificuldades em recusar vocações por falta de espaço.

Para o presente ano académico, há 48 candidatos e apenas 28 vagas, simplesmente porque não há espaço para acolher mais ninguém. Uma situação que o reitor considera “muito lamentável”, lembrando que “os padres são necessários em todo o lado”.

Ainda assim, prossegue o Pe. Joseph Sserunjogi, o seminário tenta todos os possíveis para recusar o menor número de candidatos. Para o futuro, fica a ideia de expandir o edifício, impedindo que se percam vocações. Este seminário para vocações de adultos foi aberto em 1976, porque a diocese ugandesa tinha um edifício disponível e o Bispo de Kempala, na altura, percebeu que muitos homens já com profissões sentiam o chamamento ao sacerdócio. Dos 17 primeiros candidatos, nove foram ordenados padres e dois deles chegaram mesmo ao episcopado. Em 33 anos, saíram deste seminário cerca de 180 padres.

Neste momento, há 155 homens a estudar no seminário e o número cresce de forma consistente. O candidato mais velho, que é já padre, chegou com 56 anos. A maioria destes adultos chega à instituição com idades entre os 24 e os 31 anos, vindos de 15 dioceses do Uganda e de países vizinhos como o Quénia, Tanzânia, Ruanda e Sudão.  

O Pe. Joseph Sserunjogi diz, a partir da sua experiência, que a vantagem destas vocações de adultos está no facto de serem pessoas “mais maduras”, que decidiram independentemente e em consciência.

  Segundo o Vaticano, um em cada cinco seminaristas no mundo vem de África. Em pleno ano sacerdotal, a AIS está particularmente comprometida na formação de novos padres africanos e apoia seminários em todo o continente.  

Departamento de Informação da Fundação AIS

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Agência ECCLESIA

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