«Encerrar nas dioceses o Ano Jubilar não significa pôr um ponto final» – D. José Pereira

Guarda, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo da Guarda presidiu ao encerramento diocesano do Ano Santo 2025, e desafiou a dar continuidade a esse caminho, na Festa da Sagrada Família, com mais de duas dezenas de sacerdotes e elevado número de fiéis, na catedral.
“Encerrar nas dioceses o Ano Jubilar não significa pôr um ponto final”, disse D. José Pereira, na sua homilia, este domingo, 28 de dezembro, na Sé, citado pelo jornal diocesano ‘A Guarda’, na informação enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo da Guarda deixou também uma pergunta para reflexão a quem “ao longo deste ano” do Jubileu procuraram “construir um ano de graça, um ano de libertação, um ano de perdão, um ano de reconciliação, um ano de recomeço”.
“Como vamos dar continuidade àquilo que Deus foi semeando nas nossas vidas pessoais, familiares, comunitárias e diocesanas?”, perguntou.
D. José Pereira incentivou a diocese à esperança ativa, para que “a esperança não seja apenas uma ideia” que repetiram durante este ano que passou, “mas seja uma virtude estruturante capaz de abrir caminhos”.
A Diocese da Guarda, indicou o seu bispo ao encerrar o Ano Jubilar, reconhece-se “enviada para dar continuidade e aprofundar caminhos da esperança, guiados por Deus e pela Sagrada Família de Nazaré”.
No dia em que a Igreja Católica celebrou a Festa da Sagrada Família, o bispo da Guarda explicou que “a família é o sonho de Deus”, e inspirando-se na Sagrada Família de Nazaré e em São Paulo destacou valores como a misericórdia, a paciência, o perdão e a ação de graças.
D. José Pereira destacou três prioridades para o futuro, a partir do plano pastoral – pastoral familiar, a pastoral da mobilidade e a pastoral da escuta e da vocação -, para destacar a importância da corresponsabilização e do caminho sinodal na vida diocesana.
No final da Missa de encerramento do Ano Santo da Esperança na Guarda, o bispo diocesano anunciou a ordenação de um novo padre, o diácono Ricardo Bernardes, no dia 1 de fevereiro de 2026, na Sé.

Ricardo Bernardes, que frequentou o Seminário Interdiocesano de São José (Braga) e foi ordenado diácono no dia 22 de junho, é natural de Elói Mendes, no Estado brasileiro de Minas Gerais; o futuro sacerdote da Diocese da Guarda chegou a Portugal em 2019, por intermédio de D. Diamantino Prata de Carvalho, “um filho de Manteigas”, que foi bispo de Campanha, a sua diocese de origem, em Minas Gerais.
“Um pequeno saco com sementes”, sinal do compromisso de fazer frutificar o que foi semeado ao longo deste Ano Jubilar, foi entregue aos participantes, gesto final de envio que recordou o desafio lançado à diocese para “avançar na esperança”, no itinerário pastoral 2025/2026, e que foi preparado com a colaboração da Casa de Saúde Bento Menni, das Irmãs Hospitaleiras.
O jornal diocesano ‘A Guarda’ informa que esta Missa reuniu “mais de duas dezenas de sacerdotes”, e um “elevado número de fiéis”, enchendo a nave central da catedral.
Convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o Ano Santo encerrou este domingo nas dioceses de todo o mundo.
O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.
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