D. Manuel Quintas salientou que a esperança que «alimentou e deu sentido» ao jubileu, «não se extingue com o seu encerramento»

Faro, 29 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve destacou que o “Ano Jubilar teve a marca da assistência aos pobres que tem de continuar”, na celebração de encerramento do Ano Santo 2025, para a qual a diocese apelou à solidariedade dos diocesanos.
“Temos muito agradecer a Deus pelo caminho que juntos percorrermos ao longo deste Ano Jubilar. Este é o dia do seu encerramento, conscientes de que o caminho iniciado deve continuar. A esperança vai continuar a aquecer os nossos corações, a fortalecer a nossa fé e a impelir-nos para a prática da «caridade que nunca acabará»”, disse D. Manuel Quintas, este domingo, dia 28 de dezembro, na Sé, em Faro.
A Diocese do Algarve pediu aos diocesanos que levassem bens alimentícios não perecíveis para esta celebração de encerramento do Ano Santo 2025, para partilharem “com os mais pobres e necessitados”.
“Este Ano Jubilar teve a marca da assistência aos pobres que tem de continuar”, assinalou o bispo diocesano, citado pelo jornal diocesano ‘Folha do Domingo’, que informa que os bens alimentícios foram depositados em três cestas levadas ao altar na apresentação dos dons.
D. Manuel Quintas explicou que a esperança que “alimentou e deu sentido” ao Ano Santo “não se extingue com o seu encerramento”, e refletiu sobre como “atualizar na vida quotidiana” o que celebraram e viveram, a partir do exemplo das crianças, avós, e famílias.
“Com e como as crianças, confiemos mais. Não cultivemos uma relação complicada com Deus. Somos seus filhos, dirijamo-nos a Ele com o coração simples e aberto duma criança. Aliás é esta a lição que sempre aprendemos em cada presépio: a humildade e a simplicidade assumidas como estilo de sermos Igreja. Com e como os avós, valorizemos mais o tesouro da fé que cada idoso constitui para todos, sobretudo para as gerações mais novas”, desenvolveu D. Manuel Quintas.
“Com e como famílias, acolhamos a família de Nazaré como modelo de vida e escola das virtudes familiares. Assumamos, como Igreja doméstica que constituímos, a oração em família como uma necessidade e um imperativo, sem receios e sem complexos: família que reza unida permanece unida”, acrescentou, na celebração que coincidiu com a Festa da Sagrada Família.
O bispo do Algarve destacou alguns dos principais jubileus sectoriais realizados na diocese, “cada grupo contribuiu com a riqueza da sua fé, da sua esperança, do seu testemunho e da sua identidade eclesial”, para o enriquecimento de toda a Igreja diocesana.
A Diocese do Algarve está a viver um triénio pastoral (2024/2027), a partir do tema ‘Alegres na Esperança’, exortação de São Paulo aos cristãos de Roma, e D. Manuel Quintas pediu que “com e como Igreja diocesana” continuem o caminho “conscientes de que é difícil ser verdadeiros peregrinos sozinhos”.

O bispo do Algarve celebrou, este ano (3 de setembro), 25 anos de ordenação episcopal, e, nesta Eucaristia, usou, pela primeira vez, o cálice que a diocese lhe ofereceu, que vai ficar nesta Igreja local “como memória futura da celebração desse jubileu”.
O jornal ‘Folha do Domingo’ informa ainda que esta Missa contou com “grande parte” do clero diocesano, incluindo o bispo emérito de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António dos Santos, da Congregação dos Missionários do Coração de Maria (Claretianos), que colabora com esta diocese.
Convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o Ano Santo encerrou este domingo nas dioceses de todo o mundo.
O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.
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