«Este tempo, de facto, é muito propício para que os melhores sentimentos nasçam dentro de nós» – D. Virgílio Antunes
Coimbra, 26 dez 2025 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra afirmou que o espírito do Natal “e a força de amor de Jesus” é a “única força a partir da fé para enfrentar todas as situações e para abrir horizontes de esperança”, no dia de Natal.
“A celebração do Natal do Senhor traz-nos um conjunto de sentimentos, de ideias e de perspetivas que nós havemos de procurar acolher e tornar bem vivas e presentes na nossa vida, para que sejam o suporte talvez de um dia, de uma semana, de um ano, da totalidade da nossa existência. E este tempo, de facto, é muito propício para que os melhores sentimentos nasçam dentro de nós”, disse D. Virgílio Antunes, na homilia da Missa do Dia de Natal, na Sé Nova.
Segundo o bispo de Coimbra, o espírito do Natal e a força de amor de Jesus, que nasce em Belém e continua presente, é, com certeza, “a única força que a partir da fé” têm para “enfrentar todas as situações e para abrir horizontes de esperança”.
“Até a nossa própria Igreja precisa desta força viva do amor de Jesus Cristo, reconhecido e acolhido, para que se edifique como uma comunidade santa, alicerçada no Espírito, conduzida pelo Espírito e que testemunhe ao mundo a grandeza do amor de Deus. E tudo isso, irmãos e irmãs, de uma forma alargada, é o Espírito do Natal”, desenvolveu.
D. Virgílio Antunes observou que “muito frequentemente”, nesta altura, se pode fazer um discurso que, “aparentemente natalício, pode ser também muito materialista”, e não estava a referir-se às compras, nem presentes, mas, “às vezes, até um discurso de cariz quase exclusivamente social no tempo do Natal, pode ser materialista”.
“É que mesmo a dimensão social da vida, e até a dimensão caritativa, e o apoio aos outros e a fraternidade, e o encontro com os irmãos e o diálogo e o acolhimento precisam de fundamento sólido. É a nossa humanidade, com certeza, que é o princípio, mas é uma humanidade transfigurada pela força de amor do Senhor Jesus Cristo, nascido em Belém”, explicou.
O bispo de Coimbra acrescentou que a Igreja “deve ter, evidentemente, um discurso social”, deve ter em conta os homens e mulheres, “irmãos, que são pobres, que são migrantes, que estão doentes, que não estão bem uns com os outros, que não estão em paz”, e deve procurar dar a conhecer “os fundamentos mais sérios e mais profundos”.
D. Virgílio Antunes incentivou também que no dia de Natal tenham momentos para organizar “as próprias ideias, os próprios sentimentos”, e para dar “um lugar mais efetivo a este Jesus menino, que é, ao mesmo tempo, o Jesus que morre, que ressuscita, que acompanha”.
“Que tenhamos alguns momentos de tranquilidade, de paz interior, por ventura de silêncio, por ventura, alguns momentos orantes, seja com a família, seja com o grupo, seja pessoalmente, para considerarmos tudo isto, e pedirmos a iluminação do Espírito para levarmos por diante uma vida alicerçada no amor, que é Jesus Cristo encarnado, Jesus Cristo o Senhor, desenvolveu o bispo de Coimbra, na homilia da Missa do Dia de Natal, publicada online.
CB
