Graça Alves, autora da obra «Um presente para o Menino Jesus», e Fátima Eusébio, diretora do Secretariado Nacional Bens Culturais, apresentam publicação
Lisboa, 22 dez 2025 (Ecclesia) – A diretora do Museu de Arte Sacra do Funchal, Graça Alves, é autora do livro “Um presente para o Menino Jesus”, que pretende mostrar aos mais novos a importância de cuidar do património religioso.
“A ideia foi que as crianças dessem atenção àquilo que está à sua volta, que percebessem que o património religioso é muito mais do que arte, tem uma função e que é preciso guardar, que é preciso preservar e deixá-lo àqueles que vierem depois deles”, afirma a autora, em entrevista ao Programa ECCLESIA, emitido hoje, na RTP2.
Um dos objetivos da publicação, editada pelo Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) e ilustrada por Carla Pinto, é fazer com que as crianças sejam agentes de mudança, levando a mensagem os adultos.
Fátima Eusébio, diretora do SNBCI, explica que o livro surge como resposta a uma “grande iliteracia” em relação ao património religioso, referindo que “para haver evangelização através dos bens culturais é preciso haver este processo interpretativo”.
O conto passa-se numa igreja, no dia 24 de dezembro, e apresenta uma aventura em que três amigos se vão deparar com a ausência do Menino Jesus.
“Eles pensavam que o menino tinha sido roubado, porque em nossas casas pomos o presépio completo. Já serão poucas as famílias que só põem o menino na noite de Natal”, indica Fátima Eusébio.
O livro tem 37 páginas todas ilustradas, 6 com atividades e uma com um desafio para a Noite de Natal.
“Depois de terem percorrido todo o caminho e percebido porque é que ele [o Menino Jesus] não está lá, há uma página no livro em que há um coração com o Menino Jesus. Eles tirarão esse autocolante e vão colocar na noite de Natal no presépio que está vazio, páginas atrás”, salienta Graça Alves.
A venda de cada publicação representa um contributo solidário, com um euro a reverter para o Centro de Acolhimento temporário “Regaço Materno”, do Centro Social Paroquial Padre Ricardo Gameiro, em Almada.
O livro insere-se no trabalho que o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja tem desenvolvido no âmbito da preservação.
“A educação para o património deve começar também a esse nível. Cada vez mais nós temos que utilizar meios informais que não sejam só aqueles direcionados também para os serviços permanentes das dioceses, mas também chegar a um público mais alargado”, evidenciou Fátima Eusébio.
Nesse sentido, a responsável considera importante trabalhar em “diversas frentes”.
O livro vai ser também um instrumento para cativar os mais novos que se deslocam ao Museu de Arte Sacra do Funchal.
“A partir do dia 12 de dezembro, abrimos uma exposição a que chamámos ‘Rostos de Devoção’ e que vamos apresentar a […] infância de Jesus. E faz sentido também ligar esta exposição a este livro, porque a Carla teve um cuidado muito grande em trazer também algumas das tradições madeirenses para o livro”, refere.
PR/LJ