Jubileu 2025: Patriarca de Lisboa pede vontade política para a paz, como fruto do Ano Santo

D. Rui Valério destaca «desejo e fome de todos de viver uma vida de santidade», que encontrou nas celebrações dos últimos meses

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Lisboa, 27 dez 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou que a celebração do Jubileu permitiu a descoberta de uma “igualdade fundamental” entre os peregrinos, alertando que a paz global depende da vontade dos homens.

“Ficou uma certeza: só acontece o que efetivamente se quer que aconteça. Há paz se verdadeiramente se quer a paz”, referiu D. Rui Valério, em declarações à Agência ECCLESIA.

Questionado sobre o impacto deste Ano Santo na vida das comunidades católicas, o responsável sintetizou o Jubileu da Esperança em três palavras-chave: “santidade, caminho e esperança”.

“Aquilo que sobressaiu foi uma vontade, um desejo e uma fome de todos de viver uma vida de santidade”, indicou o patriarca de Lisboa, sublinhando ainda a mobilização dos cristãos, que não se deixaram acomodar.

Para D. Rui Valério, este ano permitiu redescobrir uma “igualdade fundamental”, onde, na passagem pela Porta Santa, “ninguém se sentia menos do que os outros”.

A respeito dos grandes objetivos propostos pelo Papa Francisco na bula de convocação do Jubileu, como o cessar-fogo global, a amnistia aos reclusos e o perdão da dívida externa, o patriarca de Lisboa admitiu que, “materialmente falando”, os resultados podem ter ficado “um pouco aquém”.

D. Rui Valério concluiu que a lição deste Jubileu é a necessidade de “formar a vontade do bem”, alertando que a dívida dos países pobres continua a ser um “fator de subdesenvolvimento” e um “atropelo à vontade dos povos”.

Convocado pelo Papa Francisco através da bula ‘Spes non confundit’ (A esperança não engana), o Ano Santo encerra-se este domingo nas dioceses de todo o mundo.

O 27.º Jubileu ordinário da história da Igreja Católica, iniciado na Noite de Natal de 2024, terá a sua conclusão a 6 de janeiro de 2026, no Vaticano, sob a presidência de Leão XIV, com o fecho da Porta Santa na Basílica de São Pedro.

LJ/OC

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