Igreja Católica condena demolições em Luanda

D. Damião Franklim lembra dano provocado às pessoas mais pobres

A Igreja Católica em Angola condenou a “forma brutal” como as autoridades do país levam a cabo o desalojamento de pessoas, que alegadamente ocupam zonas consideradas reservas do Estado.

O Arcebispo de Luanda, D. Damião Franklim, falava na última reunião de missionários que decorreu no Seminário Maior de Luanda.

Na semana passada, o Governo Provincial de Luanda demoliu cerca de 3000 casas nos bairros Iraque e Bagdade, no município do Kilamba Kiaxi, por ocupação anárquica e ilegal dos terrenos, deixando ao relento cerca de 15 mil pessoas.

D. Damião Franklim disse que são as pessoas mais pobres que sofrem com essas demolições.

“Hoje o plano de terras em Luanda é muito complexo, por muitos factores, e quem mais sofre com isso são as pessoas mais pobres, porque muitas vezes na sua ingenuidade elas têm que fazer assim”, referiu D. Damião Franklim.

Entretanto, o prelado condenou também as pessoas que fazem a ocupação de parcelas de terra “por interesse”, desrespeitando a lei.

“A última posição foi condenar a forma brutal como ela é feita, mas também apelar aos fiéis e aos cidadãos a respeitar a lei”, frisou D. Franklim, acrescentando que a guerra trouxe para Luanda muita gente, mas lembrando queas coisas não devem ser feitas de forma anárquica.

Redacção/Lusa

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