Violência religiosa provoca 100 mortes na Nigéria

Pelo menos 100 pessoas morreram nos confrontos entre as forças de ordem nigeriana e extremistas islâmicos, que se fazem sentir no norte da Nigéria há dois dias.

As autoridades locais reforçaram a segurança no Norte do país, mas mesmo assim voltaram a ouvir-se tiros durante a noite na cidade de Maiduguri, no estado de Borno, um dos mais afectados pelos confrontos entre forças de ordem e um grupo radical islamista talibã que quer impor uma aplicação mais rigorosa da lei islâmica, a sharia.

Militantes islâmicos lançaram esta Segunda-feira três ataques coordenados, em Maiduguri, em Wudil e em Potiskum, cidades localizadas no Norte do país.

Jornalistas locais questionados pela AFP afirmaram ter visto Segunda-feira várias dezenas de cadáveres.

"Do que vimos, havia mais de 100 corpos a serem levados ao comissariado da polícia", afirmou Ibrahim bailou, funcionário de uma rádio local.

No total, a violência afecta quatro estados da Nigéria: Bauchi, Borno, Kano e Yobe.

Em resposta aos confrontos, o presidente nigeriano Umaru Yar Umaru Yar'Adua, exigiu que todas as agências de segurança do país actuem para conter e repelir os ataques de radicais islâmicos contra postos policiais e edifícios públicos.

Em comunicado da Presidência publicado na noite de Segunda-feira pela Agência de Notícias Pan Africana (Pana, em inglês), Yar'Adua afirmou que esforços não seriam poupados para identificar, deter e processar os líderes e membros das seitas islâmicas que participaram dos ataques violentos dos últimos dias.

Mais de dez mil pessoas morreram na Nigéria em confrontos entre muçulmanos, que são maioria no norte do país, cristãos, mais presentes no sul, e as forças de segurança desde 1999, quando a "sharia" entrou em vigor em 12 estados do norte do país.

(Com Agências)

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