Sacerdócio é um dos maiores contributos que a Igreja oferece a Portugal

D. Manuel Clemente considera que todos os membros da Igreja são chamados a assumir a identidade sacerdotal O trabalho realizado pelos padres constitui um dos maiores contributos que a Igreja oferece a Portugal e ao mundo, afirmou D. Manuel Clemente. O bispo do Porto considerou que a missão dos sacerdotes continua a ser de "absoluta actualidade": "Nem conseguiríamos imaginar o que (não) seríamos, se desaparecesse, semana a semana, a única ocasião em que nos (re)encontramos em tão considerável número, de idades e condições tão diversas, como gratuitamente sucede na Eucaristia dominical!".

O chamamento de Deus, a missão e o envio, como características dos padres e de todos os membros da Igreja, foram aspectos igualmente realçados durante a homilia da missa deste domingo, na qual D. Manuel Clemente ordenou cinco presbíteros.

O bispo do Porto sublinhou que todos os baptizados têm em si uma dinâmica sacerdotal, que se manifesta no acolhimento de tudo o que se recebe de Deus, e que "só na devolução se perpetua".

A primeira realidade da Igreja, em termos temporais e existenciais, é o facto de ser chamada por Deus. Esta característica permanente sustenta todas as tarefas atribuídas aos cristãos.

À imagem do que aconteceu a todos os que escutaram o chamamento divino e aceitaram mudar de vida, os padres levam os membros da Igreja "à mesma disposição e entrega". Este "movimento sacerdotal" concretiza-se numa existência em "arco", que começa e termina em Deus.

Os presbíteros são convidados a oferecer a Cristo a sua voz e a sua figura, a fim de recordarem "a verdade de Deus, tão facilmente esquecida, tão necessariamente recordada". A sociedade contemporânea, que "anseia por unidade, reconciliação e paz", espera que os padres sejam o rosto do pastor que conhece e dá a vida pelas suas ovelhas.

O envio para as tarefas a realizar ao serviço da Igreja é, antes de tudo, uma deslocação "até ao coração de todos e de cada um". Esta "geografia interior" configura a personalidade dos padres, independentemente das paróquias e serviços para onde forem destacados: "longe ou perto, há sempre vida a oferecer ou a recuperar".

Antecipando a "Missão Diocesana" prevista para 2010, D. Manuel Clemente referiu que uma das suas prioridades será incidir nos sectores "que foram perdendo a intensidade da fé ou já nem conhecem verdadeiramente a Cristo e ao seu Evangelho". Neste sentido, é preciso que as comunidades cristãs se dirijam a essas realidades com ‘novo ardor, novos métodos e novas expressões'".

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