Cinema: Harry Potter e a maturidade

Longe vão os tempos em que Harry Potter era apenas "coisa de crianças".

Já no sexto episódio, de que se espera entrada fulgurante nos nossos cinemas no próximo dia 9, "Harry Potter e o Príncipe Misterioso" leva-nos e aos alunos de sempre de volta a Hogwarts. Estes últimos agora bem mais encorpados, mais decididos, mais cientes dos seus desafios e responsabilidades. Porém, com as questões essenciais ainda por responder.

Desta feita, os principais temas em questão, inerentes a uma corajosa luta de bem contra mal adensam-se e, com eles, os cenários, as cores, a música e o ritmo narrativo do filme.

No mundo cada vez mais ameaçado de Potter, Hermione e Ron, Valdemort apertou o cerco e Hogwarts deixou de ser um lugar inequivocamente seguro para os Muggles. Enquanto Dumbledore faz tudo para preparar a Escola para a Batalha Final que se avizinha, Harry procura a chave que permitirá destruir as defesas de Valdemort.

Entre os desafios maiores que representam a luta do Bem contra o Mal, Harry e os amigos não deixam de ser simples adolescentes e de, por isso, se envolverem nas paixões e intrigas próprias da idade…

De notar no entanto que o desaparecimento de uma das personagens principais é o ponto central deste episódio.

Continuando a tratar de matéria de ficção, sem que esta possa passar por matéria teológica, o agora mais maduro Harry Potter – criado pela escritora britânica J.K. Rowling e personificado pelo hiper-popular Daniel Radcliffe – continua a produzir um efeito mágico entre miúdos e graúdos, intrigando-nos com as suas aventuras enquanto levanta questões tão fundamentais como o Bem e o Mal, a Vida e a Morte, o Amor, o Ódio, a Perda, todos eles com uma profunda marca de transcendência.

Tudo bons pontos de partida para fomentarmos a maturidade dos mais novos que nos rodeiam.

Margarida Ataíde

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