Um Bispo Auxiliar para a comunhão missionária

Carta de D. Jorge Ortiga sobre a nomeação de D. Manuel Linda

Doutor Manuel da Silva Rodrigues Linda 
A Exortação Apostólica "Pastores Gregis" do Papa João II, faz uma afirmação da qual tira uma conclusão. "O gesto do sacerdote, que põe as suas próprias mãos nas mãos do Bispo, no dia da ordenação presbiteral, prometendo-lhe "reverência e obediência", à primeira vista pode parecer um gesto unilateral. Na realidade, este gesto compromete a ambos: o sacerdote e o Bispo.

O jovem presbítero escolhe confiar-se ao Bispo e este, por sua vez, compromete-se a salvaguardar aquelas mãos". Este compromisso mútuo expressa-se, como consequência natural, na responsabilidade do Bispo procurar relacionar-se sempre com os seus sacerdotes "como pai e irmão que os ama, escuta, acolhe, corrige, conforta, busca a sua colaboração e cuida o melhor possível do seu bem-estar humano, espiritual, ministerial e económico" (P.G. 47).

Neste "Ano sacerdotal", no desejo de consciencializar-se para uma fidelidade mais responsável e persistente, delineamos, em simultâneo com o programa de "acolher a Palavra", um contacto pessoal com cada sacerdote. O programa está traçado nas palavras do Santo Padre. Importa tempo para tornar estes encontros profícuos e motivadores de nova alegria e encanto na vivência do sacerdócio.

A vinda dum novo Bispo Auxiliar surge, deste modo, como uma graça que devemos aproveitar, assegurando-lhe, desde já, uma plena comunhão episcopal. É nesta atitude que iremos caminhar e temos a certeza de que o Reino de Deus passará por esta alegre colaboração que lhe ofereceremos e dele receberemos.

A Arquidiocese de Braga, como "Casa da Palavra" e "Casa de Comunhão", retribuirá com a certeza de contar com comunidades que esperam a sua dedicação e inteligência. A nossa história é longa. Não nos orgulhamos da sua riqueza. Sabemos que juntos conseguiremos colocar o fermento da Palavra nas realidades terrestres, tornando visível o Amor de Deus perante este povo profundamente marcado por uma religiosidade cristã intensa mas ansiosa dum encontro mais personalizado com Cristo. Os sacerdotes serão os nossos imprescindíveis colaboradores. Com a sua vinda será mais fácil proporcionar-lhes mais bem-estar "humano, espiritual, ministerial e económico".

St.ª Maria de Braga e S. Martinho de Dume serão a força renovada para não nos determos perante as dificuldades. Seja bem-vindo. O caminho comum a percorrer tornará a Arquidiocese, nos cristãos e nas comunidades, mais evangélica e missionária.

Braga, 27-06-2009
D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga

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