Patriarca de Lisboa faz balanço positivo do Ano paulino

Mas afirma necessidade de «convergência», caso contrário «torna-se algo finito» O Cardeal Patriarca de Lisboa. D. José Policarpo, aponta o Ano Paulino como um caminho a inserir em todo o projecto da Igreja. "É necessário fazer a convergência entre o que foi o Ano Paulino, o plano pastoral da diocese e o Ano Sacerdotal", que Bento XVI proclamou e que começa no próximo dia 19.

D. José Policarpo afirma que primeiro é essencial "tomar consciência do que foi" caminhar com São Paulo. "O que se vive por vezes escapa à cidade de Lisboa ou à grande Lisboa". O Cardeal aponta ao programa Ecclesia que toda a diocese deve ter uma visão de conjunto do caminhar ao longo deste último ano, caso contrário existe o perigo de olhar para o Ano Paulino como "algo finito".

"As coisas não se podem simplesmente seguir umas às outras, temos de encontrar convergências e continuar a caminhar, não com Paulo, mas com a Igreja e com a Palavra de Deus", afirmou, pois este ano que agora finda "integra um ritmo de caminhada próprio da essência da Igreja".

A Igreja diocesana não tem ainda dados sobre a participação da população em geral nas celebrações do Ano Paulino. Mas o Cardeal Patriarca partilha a convicção que durante o ano "houve muitas pessoas que se aproximaram da Igreja". Afirma, no entanto, faltar a visão de conjunto que vai possibilitar "dar sugestões para a caminhada".

O Cardeal esteve presente na celebração do Jubileu do Ano Paulino, na Igreja de São Paulo, na Malveira, onde traçou um balanço positivo deste ano dedicado ao apóstolo Paulo. "A diocese teve dinâmica. Investiu-se muito neste ano e está a dar frutos". Foram "milhares de pessoas que, seguindo o itinerário publicado pela CEP ou de outras formas, procuraram aprofundar a sua fé através da palavra de Paulo".

Também o vigário David Mendes, responsável pela Vigararia XI, que congrega 20 paróquias, olha com optimismo para o final do Ano Paulino, indicando ter sido "muito positivo, pois grande parte da pastoral assentou na caminhada com São Paulo".

Catequese de crianças e de adultos, dinâmicas de encontro e de conversão, ajudas materiais "dada a situação difícil em que muitas famílias se encontram", visitas aos doentes, foram alguns exemplos de actividades desencadeadas em torno deste ano dedicado a São Paulo.

O Pe. David Mendes afirma que agora o caminhar com São Paulo "terá de ter continuidade". O novo ano, dedicado "ao sacerdócio ministerial mas também o sacerdócio do povo de Deus, vai envolver as comunidades com temas novos, mas o caminhar ao encontro de Cristo é o mesmo e o aprofundar o amor à Igreja é o mesmo", explica.

A diocese de Lisboa encerra o Ano Paulino no próximo dia 28, data em que D. José Policarpo espera dar "a conhecer o primeiro apanhado da avaliação". O encerramento vai dividir-se entre a avaliação na Igreja de São Paulo de manhã e as ordenações sacerdotais, na parte da tarde, na Sé de Lisboa.

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