Novo padre no Algarve é «humilde servidor da diocese»

No passado Domingo, dia 7 de Junho, em que a Igreja celebrava a solenidade da Santíssima Trindade, o mais novo padre da Diocese do Algarve celebrou também a sua Missa Nova. O padre António de Freitas, ordenado uma semana antes pelo Bispo do Algarve, no passado dia 31 de Maio na Sé Catedral de Faro, considerou mesmo ser uma "intensa beleza e felicidade" esta coincidência de datas, num dia em que a Igreja convida a humanidade a mergulhar nas profundezas e na intimidade do mistério de Deus.

Na celebração eucarística a que presidiu na sua igreja paroquial, a matriz de Albufeira, o Pe. António de Freitas apresentou-se com humildade diante da Igreja do Algarve como seu servo. "Quis Deus, na sua infinita e paternal bondade e misericórdia, achar-me digno de estar ao seu serviço e que também a mim o seu Filho Jesus Cristo me chamasse e enviasse a fazer discípulos, a baptizá-los e a ensinar o que Ele mandou. O Espírito Santo tocou-me e ungiu-me para a missão e eu aqui estou, na minha debilidade e fraqueza, próprias da condição humana, para estar ao serviço de Deus em favor do Seu povo", afirmou o sacerdote recém-ordenado, acrescentando acreditar que o ministério que lhe foi confiado, bem como aos restantes presbíteros, "surge do grande amor, cuidado e dedicação de Deus para com o seu povo".

Por outro lado, sublinhou a sua confiança em Jesus Cristo. "Se por um lado me assusta a pequenez na minha humanidade diante da santidade e grandeza do ministério sacerdotal que me foi confiado, por outro conforta-me e enche-me de coragem as palavras de Jesus: «Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos»", referiu.

Salientando a "responsabilidade" da missão que lhe foi confiada, o Pe. António de Freitas destacou que "o padre não pode viver nem alcançar o fim do seu ministério de modo isolado" e que "toda a comunidade é chamada, juntamente com aquele que é padre, a construir e edificar, uma comunidade que seja a imagem viva da família de Deus". "Toda a comunidade é chamada a amar, a dar-se e a estar em comunhão com os seus presbíteros", acrescentou, afirmando-se convicto de que também viverá o seu ministério "inserido e apoiado por uma grande família de amor, comunhão e doação: a Igreja".

Perante uma assembleia que tornou pequena a igreja matriz de Albufeira, obrigando alguns a assistirem à celebração através de um ecrã colocado à entrada do templo, o padre António de Freitas agradeceu com a voz embargada de emoção o "silêncio orante" da sua família que soube respeitar o ritmo da sua vocação. Agradeceu ainda à comunidade paroquial de Albufeira, especialmente ao cónego José Rosa Simão, seu pároco, por todo o "apoio, amizade, estima e exemplo", tendo respeitado "profundamente" a sua decisão e por nunca o ter pressionado para voltar ao Seminário, possibilitando-lhe assim perceber que a sua decisão era tomada não pela pressão exterior, mas "por vontade de Deus" e à sua catequista Aldinha pelo convite para conhecer o Seminário. Entre os vários agradecimentos, destaque ainda para o que foi dirigido ao padre Jacinto Rosa, último sacerdote natural de Albufeira ordenado há 65 anos, que esteve presente como muitos outros sacerdotes, de várias dioceses do país.

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