Este nascimento “ganhou tanto significado na maior parte dos países do mundo que, a partir de um determinado momento da nossa história, se começou a contar a sucessão do tempo desde essa data” – refere D. António Vitalino, Bispo de Beja, na sua mensagem de Natal. Um acontecimento que alterou as influências de “muitas culturas” e na “vida do mundo e dos povos” – sublinha o prelado. Este nascimento “foi a realização das promessas feitas por Deus ao povo israelita através dos Patriarcas e Profetas”. Apesar destes apelos, a sociedade actual e a “grande família dos povos ainda está longe de realizar todo o conteúdo do Natal”. E adianta: “o racismo e a marginalização das minorias étnicas, por exemplo dos ciganos e dos imigrantes, os preconceitos em relação a quem não pertence à nossa Igreja, religião ou classe, o abandono dos considerados menos válidos, como são os idosos, os deficientes ou doentes”. Perante a realidade actual “ainda temos muito a caminhar até que as potencialidades do Natal de Jesus de Nazaré atinjam a sua realização plena” – salienta o prelado de Beja. Em tempo de Natal, D. António Vitalino apela aos cristãos que deixem de lado o “espírito de concorrência ou de superioridade, que vos rouba a paz e a alegria de viver uns com os outros” – conclui.
