A Comissão Diocesana Justiça e Paz da Diocese de Portalegre-Castelo Branco manifesta a importância da participação nos três actos eleitorais que Portugal vai conhecer este ano e apela ao voto cristão consciente.
O cristão "responsável, como cidadão e como membro interventor na sociedade", tem o exercício de "dois direitos mas, também, de dois deveres: o de votar e o de escolher conscientemente em quem vota".
A democracia trouxe a possibilidade de os cidadãos serem "co-autores na construção dos desígnios do nosso País e da Europa em que nos inserimos, através do voto". O não exercício deste direito provoca o "alheamento dessa construção", manifesta a comissão num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
"A política, quando bem exercida, implica que aqueles que a praticam se ponham ao serviço de todos", na procura das "soluções para os dramas" que atingem a população, "procurando saídas de justiça e de paz".
"Colocar-se à margem desse direito é faltar a um dever: o de participar na organização duma sociedade melhor", aponta o comunicado.
Lembra a Comissão diocesana que a participação é um dos princípios da Doutrina Social da Igreja e "exprime-se, essencialmente, numa série de actividades mediante as quais o cidadão contribui para a vida cultural, económica, política e social da comunidade civil a que pertence".
O período eleitoral que Portugal conhece este ano, eleições europeias, legislativas e autárquicas, desafiam o cristão a "encontrar de entre as organizações, partidárias ou não, que estão disponíveis ao eleitorado, aquela que melhor compatibilize os valores que orientam e sustentam a sua vida com as soluções que são propostas".
A Comissão Diocesana manifesta preocupação perante o "grande individualismo" onde se "ignorando as situações dramáticas" da sociedade, apesar dos "exemplos de solidariedade e empenhamento social a que se assistem". Lamenta ainda a "apatia e um imobilismo na sociedade.
"O consciente poderá reforçar a contribuição" para a construção de uma "humanidade melhor".