Três cristãos assassinados em Kirkuk

Três membros da comunidade cristã do Iraque foram assassinados este Domingo em Kirkuk, no último episódio da vaga de violência que tem atingido esta população nos últimos anos. O primeiro caso aconteceu quando Susan Latif David e a sua sogra, Muna Banna David, foram assassinadas por homens armados que entraram na sua casa, no distrito de Domeez. Noutra região da cidade, Basil Shaba foi assassinado num ataque com características similares. O seu irmão Thamir e o seu pai Yousif ficaram feridos nesse assalto. Após os funerais, celebrados numa catedral de Kirkuk lotada de fiéis, cristãos e muçulmanos, o Arcebispo Louis Sako comunicou à organização Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) “a tristeza e as lágrimas” de uma população que chora pela morte de três “inocentes”. “Todos choramos. Só esperamos que o sangue dos mártires traga algum dia paz e estabilidade”, refere. Apesar desta onda de violência, o Arcebispo Sako assegura que “não deixaremos o Iraque”. “Temos a missão de permanecer aqui; queremos dar testemunho dos nossos valores cristãos, ainda que tentem matar-nos, permaneceremos”, atira. O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, cita na sua edição de hoje o vice-presidente iraquiano Adel Abdul Mahdi, xiita, que convidou os cristãos a “não abandonar o país”, pedindo ajuda e protecção “contra os extremistas” à comunidade internacional. Frente a esta situação, o Arcebispo Sako alertou que a retirada das tropas norte-americanas do país provocará um “vazio” de segurança que poderá levar à “guerra civil” e à divisão do Iraque.

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