D. José Policarpo diz que a Igreja tem de esclarecer os cristãos sobre grandes questões da sociedade

D. José Policarpo diz que é obrigação da Igreja Católica esclarecer os cristãos sobre as grandes questões da sociedade, mas não apoiar partidos políticos. “Todos sabem que a Igreja não faz opções partidárias e em tempo de eleições não vai dizer votem neste ou votem naquele. Desde o 25 de Abril que os nossos antepassados no Episcopado tomaram uma decisão que considero histórica de não apoiarem um partido confessional, mas de formarem os cristãos para eles participarem nas diversas opções partidárias. Temos obrigação de esclarecermos a consciência dos cristãos, e de quem nos quiser ouvir, sobre grandes questões da sociedade. O voto é a liberdade e a consciência de cada um”, refere, em declarações à Lusa. D. José Policarpo esclarece ainda que as propostas políticas que sejam contrárias à Doutrina da Igreja vão “enfrentar e confronta o sentir católico deste país”. O Cardeal-Patriarca esclarece ainda que a Igreja Católica tem uma doutrina sobre a sexualidade e que não vai desistir dela. D. José reforça a ideia avançada pelo Papa de que a solução do preservativo no combate à SIDA não é segura e lamenta o modo como a comunicação social reduziu o recente périplo a África a esta questão. “Faz impressão como é que uma pergunta naquele contexto – num diálogo espontâneo no avião – o Santo Padre alerta para que a solução que tem sido seguida do preservativo não é a única solução e porventura não é uma solução segura. Como é que se reduz a viagem do Santo Padre a África a isso? Temos que nos interrogar que comunicação social é que temos. O que estava em questão era o preservativo como única maneira de combater a SIDA. Vários responsáveis reconhecem que [o preservativo] é um meio falível”, disse. Já sobre a Concordata, considera que a regulamentação poderia ter avançado mais depressa mas confirma que “as grandes questões estão em andamento: a regulação das capelanias hospitalares, das capelanias para as outras instituições e as capelanias militares”. D. José Policarpo deseja uma regulamentação rápida, mas principalmente, diz preferir “esperar e discutir” para que, no final, a aplicação da Concordata respeite o seu espírito.

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