Uma vida com os ciganos

“Os ciganos libertaram-me acolhendo-me na sua própria vida”. As palavras são do Pe. Agostino Martir, que vive numa roulotte com os ciganos próximo de Pisa, Itália, durante o Encontro anual do Comité Católico Internacional para os Ciganos (CCIT). O Encontro analisou o tema “As minorias: a sua vocação e o seu dinamismo à luz do Evangelho – reflexão e expressão na vivência dos Ciganos”. “Se eu me encontro entre os ciganos, é porque o seu ponto de vista me interessa para melhorar a minha sociedade, porque também a Igreja é uma terra que tem sempre necessidade de ser semeada”, acrescentou o Pe. Agostino. As relações dos ciganos com a sociedade e com a Igreja, o seu acolhimento e as diversificadas formas de acção no sentido de serem eles a assumir as responsabilidades da sua cidadania, as experiências, os sucessos e os recuos dos 130 participantes de 20 países, foram o objecto principal do Encontro que teve lugar de 20 a 22 de Março em Lourdes, França. Os ciganos e a respectiva Pastoral ñeste país foram objecto de uma intervenção pelo Director nacional, o Pe. Claude Dumas, cigano. O sofrimento multissecular e actual dos ciganos não os impede de ter uma “missão na Igreja e no mundo”, nas palavras do recém-nomeado presidente do Conselho Pontifício da Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Arcebispo Antonio Vegliò, na mensagem que enviou ao Encontro. O valor intrínseco e evangélico dos que vivem nas margens face ao conforto de quem vive nos centros, foi muito realçado durante o Encontro, dando cada participante o testemunho da sua vida, como sinal na sociedade e na Igreja. A fidelidade a esta missão foi acentuada como indispensável ao seu sucesso. “Nós somos Igreja quando estamos convencidos que amar a Deus é sempre dar um testemunho de fraternidade e de justiça junto dos excluídos”, conclui o Pe. Agostino.

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