Bento XVI confia nas mulheres para promover Direitos Humanos

Bento XVI considera que a influência das mulheres na sociedade deve levá-las a um compromisso maior na educação para os direitos humanos e de participação “política e civil”. Numa mensagem enviada à primeira conferência internacional sobre mulheres e direitos humanos, intitulada “Vida, família, desenvolvimento: o papel das mulheres na promoção dos direitos humanos”, que decorreu este fim-de-semana no Vaticano, o Papa apela ainda a um “novo feminismo”. Segundo Bento XVI, “todos os dias somos confrontados com os vários modos em que a vida é comprometida, sobretudo nas suas fases mais vulneráveis”, gerando “violações de direitos humanos” que exigem uma resposta “positiva e proactiva” por parte das mulheres. A iniciativa foi promovida pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, pela Aliança Mundial de Mulheres pela Vida e a Família (WWALF) e pela União Mundial de Organizações Católicas de Mulheres (WUCWO). Segundo o Papa, a resposta aos actuais ataques contra a vida pode ser dada sobretudo pelas mulheres, através de um “novo feminismo” que defenda os direitos humanos e respeite fortemente a vida. Bento XVI afirma que o congresso representa uma “resposta exemplar ao que o meu predecessor João Paulo II definia como «um novo feminismo», que tem o poder de transformar a cultura, imprimindo-lhe um forte respeito pela vida”. Uma das tarefas da mulher cristã, sublinhou, é “corrigir qualquer mal-entendido em respeito ao Cristianismo, visto só como uma colecção de mandamentos e proibições”. O Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, disse na conclusão dos trabalhos que “as mulheres cristãs escolhem ser, com todo o seu ser, intérpretes e protagonistas de um cristianismo do «Sim»”. “Creio que este é o caminho a percorrer, para dar consistência e forma ao novo feminismo que foi solicitado pela mensagem do Santo Padre”, finalizou.

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