Durante a recitação do Angelus, na Praça de São Pedro, o Papa lembra ainda o drama dos doentes de todo o mundo Bento XVI pediu este Domingo uma saída pacífica para as “fortes tensões políticas” que se registam em Madagáscar, na origem de grandes manifestações populares. Os confrontos resultaram até ao momento na morte de mais de uma centena de pessoas, na maioria civis partidários da oposição. Pelo menos 25 pessoas morreram este Sábado em Madagáscar durante uma manifestação anti-governamental. A polícia terá disparado contra os manifestantes junto ao palácio do Governo na capital. Os serviços médicos falam em quase 200 feridos no principal hospital de Antanarivo. No Vaticano, diante dos peregrinos reunidos para a recitação do Angelus, o Papa mostrou-se “fortemente preocupado com o período particularmente crítico que o país atravessa”. Bento XVI uniu-se ao apelo deixado pelos Bispos da Ilha (entre os quais se inclui o madeirense D. Alfredo Caíres, missionário Dehoniano), que convocaram uma jornada de oração em favor da reconciliação nacional e da justiça social. O Papa convidou a rezar “pelo regresso da concórdias aos espíritos, pela tranquilidade social e a convivência civil”, recordando todos os que morreram nas manifestações. Noutra passagem da sua intervenção, Bento XVI lembrou a próxima celebração do Dia Mundial do Doente, a 11 de Fevereiro, para pedir orações por todos os doentes, especialmente por aqueles mais graves que dependem de outras pessoas. “Espero que cada um deles possa experimentar na diligência de que estão perto a força do amor de Deus e a riqueza da graça que salva”, apontou. O Papa admitiu que, “embora a doença faça parte da experiência humana, não nos conseguimos acostumar a ela, não só porque às vezes é verdadeiramente grave e dura, mas também porque somos feitos de vida”. Citando o Evangelho dominical, Bento XVI falou de Jesus como “aquele que faz curar”, devolvendo a saúde ao corpo e ao espírito. “Também hoje, Ele vem em ajuda dos que sofrem, dando a graça e chamando pessoas que os acompanham com amor”, concluiu.