CNIS: «tsunami da crise» domina debate

Confederação aprova moção para a criação de «um fundo de solidariedade social». Delegados escolhem novos corpos sociais O «tsnami da crise» marcou os trabalhos do o IV Congresso da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS), que decorre em Fátima sob o lema “Novos Caminhos da Solidariedade”. Este Sábado, os trabalhos ficaram marcados pelos apelos em favor de uma verdadeira subsidiariedade, evitando qualquer espécie de centralismo, e pela defesa de uma acção educativa no seio das instituições de solidariedade que seja considerada em pé de igualdade com a acção de “assistir e cuidar”. Os participantes foram alertados pela possível quebra de receitas, uma das consequências do “tsunami da crise”, apelando à criação de “um fundo de solidariedade social”. A moção com esta proposta foi aprovada pelos delegados, por larga maioria. O presidente da assembleia-geral, Mário Dias, referiu o problema da sustentabilidade das instituições de solidariedade que, em tempos de crise, é ainda mais complicado, com os investimentos programados para as mesmas a serem “adiados ou atrasados na sua execução”. O dirigente classificou o papel das organizações que representa como “portos de abrigo” para as “vítimas das organizações da sociedade, dos modelos económicos” e até da “globalização” e terminou dizendo que a “solidariedade precisa cada vez mais da solidariedade”. “Seremos o último reduto deste tsunami social”, disse na sessão de abertura do Congresso. Centenas de instituições de solidariedade de todo o país marcam presença no Centro Pastoral Paulo VI para discutir e analisar modelos de intervenção social no contexto da crise social actual. Os principais temas em discussão foram o aumento do desemprego, a pobreza consolidada, o envelhecimento da população, a pressão social sobre as instituições e as ameaças à sustentabilidade financeira do sector solidário, entre outros. Esta tarde, serão também eleitos os novos corpos sociais para o próximo triénio, tendo-se apresentado a sufrágio duas listas. A lista A é liderada pelo actual presidente da CNIS, padre Lino Maia e a lista B é encabeçada pelo padre Carlos Gonçalves. No final da manhã, os dois candidatos à presidência da CNIS subiram juntos ao palco para explicar que não está em causa qualquer conflito pessoal, apelando ao “debate de ideias” que é necessário “pela CNIS”. Refira-se que a CNIS representa mais de 2500 IPSS que significam, em conjunto, 70,3 por cento das respostas sociais em Portugal asseguradas pelo designado sector da economia social solidária. Redacção/«Solidariedade» on-line

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