O Grão-Rabinato de Israel definiu as palavras de Bento XVI sobre o Holocausto, proferidas Quarta-feira durante a Audiência Geral, como “um grande passo em frente” nas relações bilaterais. Pouco antes da audiência, chegou a notícia de que o Grão-Rabinato considerava muito difícil prosseguir no diálogo com a Santa Sé depois da readmissão de D. Richard Williamson, da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que pôs em dúvida o Holocausto. O mundo judaico não considerou suficiente a carta de desculpas escrita pelo líder da comunidade lefebvriana e esperava de Bento XVI um “sinal”. Depois de o Papa ter manifestado “plena e indiscutível solidariedade” com os judeus, o director-geral do Rabinato de Israel, Oded Wiener, concedeu uma entrevista desmentindo a notícia divulgada pelo jornal “Jerusalem Post”. “O Rabinato de Israel não interrompeu as relações com o Vaticano e creio que isso seja fundamental tanto para nós, quanto para o próprio Vaticano”, disse Wiener à televisão italiana Sky Tg24. ”Acredito que as palavras do Papa são extremamente importantes. Não existe lugar para pessoas como Williamson, que nega a existência do Holocausto. Creio que é um grande passo em frente para resolver esta controvérsia, mas devemos ainda discutir com os membros da Comissão da Santa Sé e do Governo de Israel o que deve ser feito para pôr –lhe fim “, declarou. (Com Rádio Vaticano)