Soldados não devem distribuir directamente o auxílio às populações A principal organização assistencial católica, a Caritas, promoveu um encontro em Roma para discutir as relações entre militares e organizações humanitárias que operam em situações de guerra e emergência. Os 50 delegados presentes pediram que a ajuda humanitária permaneça “neutral e independente” para não se associada a nenhuma das partes em conflito. Os participantes mostraram-se conscientes de que o problema ganhou particular relevo com a recente guerra no Iraque, onde os soldados distribuíram a ajuda humanitária directamente às populações: “isto pode tornar difícil a distinção entre acção miltar e humanitária”, adverte a Caritas Internacional. Manuel Bessler, do secretariado da ONU para a coordenação dos assuntos humanitários, concorda com esta posição católica e defende que “não se podem levar armas para a distribuição do auxílio às populações e os meios militares devem ser o último recurso”. A Caritas, única organização internacional a permanecer no Iraque durante todo o conflito, propõe ao pessoal no terreno que defina claramente “a identidade e os objectivos” das suas acções.
