Grão-Rabinato de Israel corta relações com o Vaticano

O Grão-Rabinato de Israel, a autoridade religiosa suprema do país, cortou as suas relações com o Vaticano, repudiando as declarações de um bispo lefebvriano, Richard Williamson, que negou em público a morte de seis milhões de judeus durante a II Guerra Mundial. No passado sábado o Papa anunciou o levantamento da excomunhão de quatro bispos ordenados ilicitamente em 1988 pelo bispo Marcel Lefèbvre. O Vaticano explicou que Williamson não tinha sido excomungado por causa das suas opiniões políticas, pelo que não fazia sentido, canonicamente, não incluí-lo no levantamento da excomunhão. “Sem um pedido de desculpas formal será muito difícil continuar o diálogo” afirmou um dos dirigentes do Grão-Rabinato. Bento XVI garantiu hoje, no Vaticano, a sua “total e inquestionável solidariedade” com os judeus, considerando que o Holocausto deve ser para todos “um alerta contra o esquecimento, a negação ou o reducionismo”. O porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, deixou votos de que o Rabinato de Israel aceite discutir as questões que levantou com a Comissão para as relações com o judaísmo, da Cúria Romana, “para que o diálogo da Igreja Católica com os judeus possa continuar com serenidade e de forma frutuosa”.

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