A revolta dos imigrantes clandestinos do centro de retenção de Lampedusa, no sul de Itália, levou o pároco local a lançar um apelo ao Papa, para que intervenha osbre esta questão. O Pe. Stefano Nastasi e o presidente do município italiano, Bernardino De Rubeis, pediram a intervenção de Bento XVI, considerando-a “indispensável, agora que a situação tem assumido características de uma crise humana”. O sacerdote também solicitou auxílio à Conferência Episcopal Italiana (CEI) e pediu a Bento XVI “um discurso de conforto para os imigrantes e a população de Lampedusa”. “Primeiro, éramos uma ilha. Agora, estamos isolados. Lampedusa foi militarizada, mas não é somente com as forças de ordem que se resolve esta crise”, disse, por seu lado, Bernardino De Rubeis No passado Sábado, centenas de imigrantes clandestinos saíram do centro de retenção de Lampedusa e protestaram durante algumas horas contra as condições de detenção e a aceleração das expulsões decidida pelo governo de Silvio Berlusconi. O centro é fechado, foi concebido para 850 detidos e tem neste momento 1300 pessoas, sobretudo africanos. No dia anterior, cerca de quatro mil moradores da ilha – que possui seis mil habitantes – realizaram uma manifestação com o apoio do município local, contra a criação de um novo centro para abrigar imigrantes ilegais, proposta pelo ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni. O representante do governo decidiu que nenhum imigrante ilegal detido na ilha será transferido para centros noutras partes da Itália. Esta Terça-feira, cerca de 2 mil pessoas participaram numa manifestação contra a imigração ilegal e contra a abertura de um Centro de Identificação e Expulsão para imigrantes em situação irregular. (Com Rádio Vaticano)